Tecnologia Block Tecnologia Block

Tolerância aos Percevejos

O percevejo tornou-se uma das pragas mais importantes na cultura de soja. Os danos que ele causa no rendimento e na qualidade do grão são consideráveis, com impacto direto na produtividade. A Tecnologia Block, lançada pela Embrapa e Fundação Meridional, durante a 37ª. Reunião de Pesquisa da Soja (RPS), tem a missão de auxiliar os sojicultores no manejo integrado desses inimigos.

A partir de agora, todas as cultivares BRS que possuírem esta tecnologia serão sinalizadas com o símbolo: Block.

O pesquisador Carlos Arrabal Arias, líder do programa de melhoramento genético de soja da Embrapa e responsável pelo desenvolvimento de genótipos resistentes a insetos, diz que a Tecnologia Block amplia a proteção da lavoura ao ataque dessa praga que suga as vagens e os grãos de soja. As cultivares com a genética Block têm maior tolerância aos percevejos, o que minimiza sua ação destrutiva. Porém, a tecnologia não dispensa o uso de inseticidas, mas permite uma melhor convivência com os insetos no campo.

A primeira cultivar de soja com a inovadora Tecnologia Block é a BRS 1003IPRO, que foi desenvolvida pela parceria Embrapa / Fundação Meridional. A BRS 1003IPRO é do grupo de maturidade 6.3 (MR 1 e 2) e 7.0 (MR 3), indicada para os estados: Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. "Esta é uma cultivar transgênica Intacta, que tem como nossa mensagem-chave: "Desempenho sem Limites!", pois apresenta ampla adaptação, excelente potencial produtivo, estabilidade de produção e moderada resistência ao nematoide de galha Meloidogyne javanica, além de resistência às principais doenças da soja como: cancro da haste, mancha olho-de-rã e podridão radicular de fitóftora", ressalta Arias.

Arias relata que, enquanto o nível de ação definido pela pesquisa atualmente é de dois percevejos por pano de batida, a nova cultivar consegue suportar, pelo menos, o dobro de percevejos, sem afetar a sua produtividade.

Além da BRS 1003IPRO, serão lançadas mais duas cultivares com esta tecnologia, a convencional BRS 391 e a transgênica, BRS 543RR.

Tecnologia Shield Tecnologia Shield

Resistência à ferrugem-asiática

Muita conhecida pelos produtores, a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) é uma doença extremamente importante e de difícil controle na produção de soja. O uso de cultivares com a Tecnologia Shield ajuda no manejo da ferrugem, fazendo com que a doença ocorra de forma mais lenta. “Uma cultivar Shield associada a outras ferramentas - como controle químico, plantio antecipado, cultivares precoces - vai possibilitar uma sustentabilidade muito maior ao produtor e, muito provavelmente, vai reduzir o número de aplicações, para uma ou duas, dependendo da região”, completa Carlos Arrabal Arias.

Segundo ele, a Embrapa indica o uso de fungicidas, até porque a ferrugem asiática é um fungo com uma variabilidade genética muito grande, o que pode reduzir a eficiência tantos dos fungicidas, como da resistência genética. “Em função disso a gente prefere usar várias ferramentas, nas quais uma tecnologia vai ajudar a proteger a outra”, diz.

Atualmente, a Tecnologia Shield está associada à linha de cultivares de soja convencional, como a BRS 511 e também a BRS 531, que é um material com adaptação para macrorregião 3 e com resistência ao nematoide de cisto. A Embrapa deverá lançar também cultivares RR e IPRO, já nas próximas safras. Outra novidade será a Tecnologia Shield Plus, com maior nível de resistência, devido à utilização de mais de um gene de resistência.

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