Indicação de cultivares por região edafoclimática
Indicação de cultivares por região edafoclimática Em razão da sensibilidade da soja (Glycine max) ao fotoperíodo, a adaptabilidade de cada cultivar varia com a latitude, ou seja, à medida que o seu cultivo se desloca em direção ao sul ou ao norte. Portanto, cada cultivar tem uma faixa limitada de adaptação em função do seu grupo de maturidade.
Na Figura 1, observam-se os grupos de maturidade predominantes em cada região com maior possibilidade de adaptação.
Figura 1. Distribuição dos grupos de maturidade relativa de cultivares de soja no Brasil, em função da latitude.
Indicação de cultivares
Considerando a diversidade de ecossistemas e tipos de solo e clima (latitude e altitude) do País, a Embrapa Soja apresentou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) uma proposta de regionalização dos testes de Valor de Cultivo e Uso (VCU) e de indicação de cultivares de soja para o Brasil. Posteriormente, pesquisadores de diversas instituições ofereceram subsídios para o aprimoramento da proposta, resultando no modelo aprovado pelo MAPA (3ª Aproximação).
Foram estabelecidas cinco macrorregiões sojícolas (MRS) e 20 regiões edafoclimáticas (REC) distintas para pesquisa e indicação de cultivares. O objetivo é que os obtentores indiquem as respectivas cultivares segundo as macrorregiões e regiões edafoclimáticas.
Na Figura 2 são mostradas as MRSs e as RECs sendo apresentada, para cada cultivar, a sua região de adaptação.
Fonte: Kaster e Farias (2011)
Figura 2. Macrorregiões sojícolas (1, 2, 3, 4 e 5) do Brasil e regiões edafoclimáticas (RECs) – 3ª Aproximação.
Tabela 1. Relação das regiões fisiográficas componentes das regiões edafoclimáticas de adaptação das cultivares de soja da região Centro-Sul.
Macrorregião sojícola |
Região edafoclimática |
UF |
Região fisiográfica |
Macrorregião 1– Sul |
Região 101 |
RS |
Campanha |
Depressão Central |
|||
Baixo Vale do Uruguai |
|||
Litoral |
|||
Serra do Sudeste |
|||
Região 102 |
RS |
Missões |
|
Planalto Médio |
|||
Alto Vale do Uruguai - Leste |
|||
Alto Vale do Uruguai - Oeste |
|||
SC |
Oeste |
||
Meio-Oeste |
|||
Nordeste |
|||
PR |
Sudoeste |
||
Região 103 |
RS |
Serra do Nordeste |
|
Planalto Superior |
|||
SC |
Centro-Norte |
||
Serra Geral |
|||
PR |
Centro-Sul |
||
SP |
Sul |
||
Região 104 |
SC |
Litoral e Vale do Itajaí |
|
Macrorregião 2– Centro-Sul |
Região 201 |
PR |
Oeste |
Norte |
|||
SP |
Médio Paranapanema |
||
Região 202 |
PR |
Noroeste |
|
SP |
Sudoeste |
||
MS |
Sul |
||
Região 203 |
SP |
Centro-Sul |
|
Oeste |
|||
Região 204 |
MS |
Centro-Sul |
|
Sudoeste |
|||
Macrorregião 3– Sudeste |
Região 301 |
MS |
Centro-Norte |
GO |
Sudoeste |
||
Região 302 |
SP |
Norte |
|
MG |
Vale do Rio Grande |
||
GO |
Sul |
||
Região 303 |
MG |
Triângulo e Alto Paranaíba |
|
GO |
Sudeste |
||
Região 304 |
MG |
Noroeste |
|
GO |
Leste |
||
DF |
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Fonte: KASTER, M.; FARIAS, J.R.B.Regionalização dos testes de Valor de Cultivo e Uso e da indicação de cultivares de soja – Terceira Aproximação. Londrina: Embrapa Soja, 2011. 69p. (Documentos, 330).