Com o tema "Tecnologia e Mercado Global: Perspectivas para a Soja", o VII Congresso Brasileiro de Soja (VII CBSoja) chega ao último dia nesta quinta-feira (25.06), em Florianópolis, Santa Catarina. Com apoio da Embrapa Soja, o evento é o principal congresso sobre o complexo soja do Cone Sul.

Desde segunda-feira (22), diversos sojicultores, pesquisadores do agronegócio brasileiro e internacional, empresários, professores, profissionais da área de assistência técnica e planejamento agrícola discutiram a cadeia produtiva de soja e seus problemas e respectivas soluções e tendências para o setor.

Um dos pontos altos do evento ocorreu durante o painel “Ameaças Fitossanitárias Internacionais”, quando foram apontadas fragilidades do atual sistema de monitoramento de novas pragas, que têm resultado na entrada de doenças e insetos desconhecidos do produtor brasileiro.  Um dos exemplos é a presença do pulgão da soja.

Doutor em Entomologia, o pesquisador da Embrapa Marcelo Lopes da Silva alerta que os registros de produtores devem ser antecipados para controlar de forma estratégica e antecipada, o registro desses insetos. “O cenário para o futuro das pragas é preocupante. A velocidade e proliferação de negócios e mercadorias proporciona enorme possibilidade de transferência de pragas resistentes”, advertiu .

Silva sinalizou ainda que a soja produzida em estados como Amazonas e Roraima, por exemplo, pode ser um dos caminhos para acolher pragas exóticas nas lavoras das Guianas, Venezuela e Bolívia.

Surpreso, o pesquisador Victor Adolfo Gomez Lopez, da Universidad Nacional de Asunción, no Paraguai, ressaltou que o Brasil utiliza apenas três pulverizações, em média, para o controle de isentos no país. “O desenvolvimento de pragas resistentes, mal tratadas com aplicações abundantes e inadequadas faz com que o inseto ignore as fronteiras”, frisa.

Formado em Agronomia, o doutor Emerson Nafziger, da Universidade de Illinois (EUA), também palestrou sobre outros temas como sistema de integração entre lavoura e pecuária, pós-colheita, controle de patógenos e doenças nas raízes.  A diversificação de culturas na Bahia além da possibilidade de se ter um Mercosul fitossanitário também foram abordados pelos cientista norte-americano.

Nesta quinta-feira (25), serão abordados temas como perspectivas de mercado, melhoramento transgênico, fixação biológica, agricultura de precisão, entre outros.

A 7ª edição do CBSoja foi realizado em conjunto com o Mercosoja 2015, evento que reúne públicos estratégicos da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e países associados ao Mercosul.

 

Fonte: Agrolink

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