A comercialização de soja do Brasil da safra 2014/15 atingiu ao final de abril 61 por cento da safra, avanço de oito pontos percentuais em relação ao final de março, principalmente por estímulo do câmbio na primeira metade do mês, que impulsionou as cotações em reais.
"Embora os negócios tenham perdido o ritmo na segunda quinzena do mês devido à queda do dólar, a comercialização da safra brasileira 2014/15 teve bons momentos na primeira quinzena, estimulada pela finalização da colheita e pelos preços ainda atraentes", declarou a consultoria em nota.
Em março, "com o câmbio sempre a favor", o avanço havia sido de 13 pontos ante o final de fevereiro, disse a AgRural.
Ainda há atraso nos negócios da safra 14/15 em relação ao índice de 69 por cento de um ano atrás, uma vez que as vendas foram mais lentas nesta temporada.
O Centro-Oeste, principal região produtora de soja, está com 69 por cento da safra 2014/15 comercializada.
Em Sorriso (MT), onde lotes chegaram a sair por 55 reais na primeira quinzena, compradores ofereceram 51 reais com o dólar abaixo de 2,90 reais, mais recentemente.
No Sul do país, 48 por cento da safra 2014/15 está negociada. No norte do Paraná, a saca trocou de mãos por 62,50 reais no final da colheita.
NOVA SAFRA
Os negócios antecipados da nova safra (2015/16), que começaram antes este ano, conforme a AgRural informou no boletim do mês passado, também avançaram de 2 por cento para 4 por cento ao final de abril.
"Goiás puxa o ritmo, com 10 por cento, seguido por Paraná (8 por cento), Mato Grosso (4 por cento) e Mato Grosso do Sul (4 por cento).
"Mas, com o dólar trabalhando abaixo dos 3 reais no final de abril, os preços caíram e travaram o mercado tanto no disponível como para entrega futura."
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