A chuva será persistente no Centro-Sul do Brasil na primeira semana de junho. O padrão atmosférico muda e, ao invés das frentes frias avançarem pelo país trazendo chuva forte, com intervalos de tempo seco de aproximadamente sete dias, a precipitação torna-se mais fraca e persistente em toda essa região.
Inicialmente, a chuva acontecerá no oeste e sul São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, paralisando as atividades de plantio de trigo e colheita de cana-de-açúcar. Também há previsão de elevado acumulado de chuva, acima de 70 milímetros nos portos de Paranaguá e Santos, situação que deve forçar embarques mais lentos neste início de semana.
A partir da segunda metade da semana, a formação de um ciclone extratropical traz chuva e ventos fortes a Santa Catarina e Rio Grande do Sul, algo que irá paralisar a atividade recém começada de instalação do trigo. Outros episódios de chuva vão acontecer no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina por volta do dia 9 de junho, e entre Santa Catarina e o sul de São Paulo por volta de 14 de junho.
Já entre Mato Grosso e Espírito Santo, passando por Goiás e Minas Gerais, espera-se um período de tempo seco mais longo, algo que favorece o desenvolvimento do algodão, colheita do café e da cana-de-açúcar e o desenvolvimento de hortaliças irrigadas.
Na costa do Nordeste, a chuva não será tão forte como nas semanas anteriores, mas será suficiente para o desenvolvimento de cana, milho e feijão. No Norte, ainda há previsão de pancadas de chuva no Tocantins e no Pará, algo que mantém as pastagens verdes por mais tempo que o normal, postergando o período de entressafra do boi gordo.
O início de semana teve baixas temperaturas no Sul. O município gaúcho de Quaraí, por exemplo, registrou 0,4 °C nesta segunda-feira, 1º. No entanto, a partir de agora, as ondas de frio não avançam pelo Centro-Sul. Dessa forma, não há previsão de geadas em áreas produtoras vulneráveis por pelo menos 15 dias. Além do frio desta semana, espera-se outro declínio de temperatura entre 11 e 12 de junho, porém mais uma vez, acontecendo apenas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Fonte: Canal Rural
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