05
out
2017
Uso dos portos do Norte sobe de 5% para 20% na exportação de grãos

Um novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostra a infraestrutura brasileira para transporte e exportação de grãos. Os dados da agência americana relatam o que muitos produtores brasileiros já sabem: muitas obras estão atrasadas, há pouco escoamento por ferrovias, muitos caminhos rurais não pavimentados e a exportação é concentrada em apenas três portos. Por outro lado, o estudo indica melhora significativas em partes pontuais da infraestrutura brasileira.

Impulsionado por investimentos de grandes tradings privadas em terminais do Norte do país, as exportações de soja pela região Norte subiram de 5% para 20% do total, segundo o USDA. Com portos próprios de ADM, Bunge, Cargill e Amaggi nos rios Amazonas e Tapajós, os grãos podem sair do país pelos portos marítimos de Barcarena e Santarém, ambos no Pará. A agência destacou o investimento de US$ 1,5 bilhão que já foi desembolsado no pequeno município de Miritituba, também no Pará.  As barcaças utilizadas nos rios do Norte do país podem carregar até 50 mil toneladas, enquanto os caminhões suportem apenas um máximo de 40 toneladas. O total enviado através de Miritituba a outros portos pode chegar a 11 milhões de toneladas anualmente até 2021.

O estudo do USDA utilizou dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais que revelam que dos grãos exportados pelo país, 60% são trasportados por caminhão, 30% por ferrovias e apenas 10% por hidrovias.

Entre os importantes projetos não finalizados, o USDA destaca a Ferrogrão, a ferrovia Trans-Nordestina, a ferrovia Norte-Sul e a pavimentação da total da estrada BR-163

 

Fonte: Agrolink

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