09
dez
2013
Um 2014 no mesmo ritmo
Cooperativas apostam em R$ 2,1 bilhões em investimentos, sendo mais de um terço em armazenagem, para manter a média de 12% de crescimento no ano que vem
Igor Castanho
As cooperativas do Paraná apostam em investimentos de peso e na perspectiva de bom resultado da safra de verão para projetar nova expansão em 2014. A renda de R$ 43 bilhões obtida neste ano veio acompanhada de salto nos investimentos, que chegaram a US$ 2,1 bilhões – 64% mais que em 2012. Com isso, o setor espera manter o ritmo atual de crescimento nas receitas. O diagnóstico foi dado na sexta-feira (6), durante o encontro estadual do setor, que reuniu 2 mil pessoas entre técnicos, cooperados e autoridades em Curitiba.
No discurso de abertura do evento, o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, lembrou que na última década o setor manteve crescimento anual médio de 12% no faturamento. A expansão, aliada ao aumento na oferta de crédito com juros reduzidos, fomentou os investimentos do setor, tanto em infraestrutura quanto no processamento.
Houve um salto de R$ 840 milhões em relação aos investimentos de 2012 no Paraná. “Em torno de 40% a 45% desses recursos foram para armazenagem, e o restante para agroindustrialização”, salientou o presidente da Ocepar. Ele aponta que cerca de 45% da produção que passa pelas cooperativas recebe algum tipo de processamento, o que ajuda a agregar valor à produção.
A agroindústria assume papel relevante num momento em que a expansão de áreas já não é a principal alternativa para o crescimento do setor, avalia José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, de Campo Mourão. Ele prevê crescimento de 10% a 15% na produção de grãos da cooperativa e confirma a tendência de que os investimentos devem continuar focados em infraestrutura. “Aprovamos em assembleia investimentos de R$ 465 milhões nos próximos três anos e a maior parte será para armazéns”, aponta.
Articulação
Os políticos que participaram do evento prometeram apoio ao setor, em um movimento prévio de campanha para o ano de eleições. O governador do estado, Beto Richa, chamou a atenção para a disponibilidade de crédito no estado. Ele destacou que nos últimos três anos a agência estadual do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou R$ 1,2 bilhões para o agronegócio, sendo metade direcionado às cooperativas. “As cooperativas ajudam principalmente na interiorização da riqueza, criando renda e gerando empregos”, pontuou.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que ainda neste ano deve começar a funcionar a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). “No dia 28 de dezembro a agência será sancionada e regulamentada pela presidência”, apontou.
Banco do Brasil nega lentidão em empréstimos para armazéns
O vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Dias, negou que o programa nacional de estímulo a construção de armazéns esteja lento e garantiu que a liberação de financiamentos ocorre a pleno vapor. Ele questionou o balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que indica liberação de menos de 1% dos recursos. “Não foi levado em conta o montante de recursos que está em análise, e que já cumpriu praticamente todas as etapas do processo de avaliação”, detalhou. Ele enfatiza que o ritmo de liberações também é diferente de outras linhas de financiamento, sendo feito de forma gradual, conforme o avanço das obras. No Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Só o BB registra R$ 730 milhões entre créditos aprovados e em análise. Esse montante corresponde a 14% de um total de R$ 5 bilhões. E, desses recursos, R$ 335 milhões (46%) foram destinados a investimentos no Paraná, assegurou Dias.
Igor Castanho
As cooperativas do Paraná apostam em investimentos de peso e na perspectiva de bom resultado da safra de verão para projetar nova expansão em 2014. A renda de R$ 43 bilhões obtida neste ano veio acompanhada de salto nos investimentos, que chegaram a US$ 2,1 bilhões – 64% mais que em 2012. Com isso, o setor espera manter o ritmo atual de crescimento nas receitas. O diagnóstico foi dado na sexta-feira (6), durante o encontro estadual do setor, que reuniu 2 mil pessoas entre técnicos, cooperados e autoridades em Curitiba.
No discurso de abertura do evento, o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, lembrou que na última década o setor manteve crescimento anual médio de 12% no faturamento. A expansão, aliada ao aumento na oferta de crédito com juros reduzidos, fomentou os investimentos do setor, tanto em infraestrutura quanto no processamento.
Houve um salto de R$ 840 milhões em relação aos investimentos de 2012 no Paraná. “Em torno de 40% a 45% desses recursos foram para armazenagem, e o restante para agroindustrialização”, salientou o presidente da Ocepar. Ele aponta que cerca de 45% da produção que passa pelas cooperativas recebe algum tipo de processamento, o que ajuda a agregar valor à produção.
A agroindústria assume papel relevante num momento em que a expansão de áreas já não é a principal alternativa para o crescimento do setor, avalia José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, de Campo Mourão. Ele prevê crescimento de 10% a 15% na produção de grãos da cooperativa e confirma a tendência de que os investimentos devem continuar focados em infraestrutura. “Aprovamos em assembleia investimentos de R$ 465 milhões nos próximos três anos e a maior parte será para armazéns”, aponta.
Articulação
Os políticos que participaram do evento prometeram apoio ao setor, em um movimento prévio de campanha para o ano de eleições. O governador do estado, Beto Richa, chamou a atenção para a disponibilidade de crédito no estado. Ele destacou que nos últimos três anos a agência estadual do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou R$ 1,2 bilhões para o agronegócio, sendo metade direcionado às cooperativas. “As cooperativas ajudam principalmente na interiorização da riqueza, criando renda e gerando empregos”, pontuou.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que ainda neste ano deve começar a funcionar a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). “No dia 28 de dezembro a agência será sancionada e regulamentada pela presidência”, apontou.
Banco do Brasil nega lentidão em empréstimos para armazéns
O vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Dias, negou que o programa nacional de estímulo a construção de armazéns esteja lento e garantiu que a liberação de financiamentos ocorre a pleno vapor. Ele questionou o balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que indica liberação de menos de 1% dos recursos. “Não foi levado em conta o montante de recursos que está em análise, e que já cumpriu praticamente todas as etapas do processo de avaliação”, detalhou. Ele enfatiza que o ritmo de liberações também é diferente de outras linhas de financiamento, sendo feito de forma gradual, conforme o avanço das obras. No Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Só o BB registra R$ 730 milhões entre créditos aprovados e em análise. Esse montante corresponde a 14% de um total de R$ 5 bilhões. E, desses recursos, R$ 335 milhões (46%) foram destinados a investimentos no Paraná, assegurou Dias.
Fonte: Gazeta do Povo