30
ago
2013
Trigo irrigado é tema de Dia de Campo no DF
A Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), em parceria com a Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS), COOPA-DF e Emater-DF, promove, em 13 de setembro, dia de campo sobre trigo irrigado, na Fazenda Nativa, localizada no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF).
A primeira estação terá como tema o manejo das cultivares de trigo no Cerrado. O pesquisador Julio Albrecht, da Embrapa Cerrados, apresentará quatro linhagens que serão lançadas até 2015 como novas cultivares de trigo. Na estação, o pesquisador abordará o potencial de rendimento de grãos e as principais características dessas linhagens e das cultivares BRS 254 e BRS 264.
Os representantes da COOPA-DF (Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal) e IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná), respectivamente, Cláudio Malinski e Seiji Igarashi, falarão, na segunda estação, sobre a brusone, doença causadora de grandes perdas na cultura do trigo. Na terceira estação, o pesquisador Alexandre Specht, da Embrapa Cerrados, fará uma apresentação sobre Helicoverpa armigera e outros lepdopteros nas principais culturas do Cerrado.
Novas tecnologias nutricionais em auxílio ao tratamento de doenças do trigo serão abordadas, na quarta estação, por representantes das empresas SATIS e FMC. Na última estação haverá apresentação de equipamentos agrícolas, principalmente de colheitadeiras, da empresa Case. Após a finalização das apresentações nas estações técnicas será oferecido um churrasco de confraternização aos participantes do evento.
Produtividade no Cerrado – as lavouras de trigo do Cerrado do Brasil Central, principalmente de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, estão com ótimo potencial de produtividade. O pesquisador Julio Albrecht estima que a produtividade de algumas lavouras, este ano, possa chegar até 7,5 toneladas por hectare de grãos com boa qualidade, acima da média do Cerrado, normalmente entre 5,7 e 6,0 toneladas por hectare.
De acordo com Albrecht, as lavouras da região apresentam um ótimo desenvolvimento, em função, principalmente, das condições climáticas que foram favoráveis ao crescimento das plantas, apesar de períodos de temperaturas mais elevadas que ocasionaram alguns focos de ferrugem.
As lavouras de um modo geral estão na fase final de maturação. “A sanidade das plantas é boa, não foi observado problemas com pragas e doenças. Este ano não foram registrados prejuízos com a ocorrência da brusone, doença causada por fungo, responsável por prejuízos a produção em anos anteriores. Os produtores realizaram de três a quatro aplicações preventivas de fungicidas durante todo o ciclo da cultura. Também não foram detectados danos com a infestação da lagarta Helicoverpa armigera, que já se encontra espalhada pelas regiões produtoras do Cerrado”, destacou Albrecht.
Colheita - a colheita de trigo no Cerrado já está começando e, para garantir tanto a produtividade da lavoura quanto para assegurar a qualidade final do grão, o produtor deve tomar alguns cuidados.
O pesquisador Julio Albrecht explicou que suspender a irrigação no momento certo, verificar a umidade dos grãos na hora de colher e regular corretamente as colheitadeiras são as melhores maneiras de garantir bons resultados nesta safra de inverno.
“O momento correto de interromper a irrigação é quando aproximadamente 50% dos grãos da lavoura estão duros. Isso pode ser verificado quando os grãos resistirem à penetração da unha”, afirmou Albrecht.
O trigo deve ser colhido quando os grãos apresentarem teor de umidade apropriado para colheita mecanizada. Na prática, isso ocorre quando os grãos atingem aproximadamente 13% de umidade. Nesse nível, o produto não sofre, na comercialização, desconto devido ao teor de umidade e não necessita de secagem. Sugere-se iniciar a colheita após as dez horas da manhã, quando as plantas se encontrarem secas e sem orvalho.
Também é preciso tomar alguns cuidados com relação à regulagem das colheitadeiras. Para se evitar perdas durante a operação de colheita, é necessário providenciar, com antecedência, a perfeita regulagem da colheitadeira. Recomenda-se seguir as instruções do manual do fabricante do equipamento. Albrecht ressalta que à medida que a colheita vai sendo processada, as condições de umidade do grão e da palha variam, necessitando assim de novas regulagens.
A secagem de trigo é uma operação crítica na sequência do processo de pós-colheita. Como consequência da secagem, podem ocorrer alterações significativas na qualidade do grão. O teor de umidade para armazenar trigo colhido é da ordem de 13%. Desse modo, todo o produto colhido com umidade superior à indicada para armazenamento deve ser submetido à secagem. Em lotes com mais de 16% de umidade, o pesquisador sugere que a secagem seja lenta para evitar danos físicos no grão. A temperatura na massa de grãos de trigo não deve ultrapassar 60°C, para manutenção da qualidade tecnológica do produto.
Os produtores estão com boas perspectivas de comercialização, pois a falta de trigo no mercado brasileiro está elevando o preço do produto. Pelo menos 33% da produção de trigo do Paraná foram comprometidos com as geadas que ocorreram em julho. A quebra da safra brasileira ocorre em um momento de redução também da produção argentina, país fornecedor do Brasil. Albrecht estima que o saco de 60 kg seja comercializado, na região do cerrado, entre R$ 55 e R$ 60. Considerando que o custo por lavoura, em média, foi de R$ 2,5 mil por hectare, o retorno econômico com a comercialização do trigo poderá ser superior ao feijão, que comumente é a cultura que tem oferecido maiores lucros aos produtores irrigantes do Cerrado.
Serviço:
Dia de Campo “Trigo Irrigado”
Data: 13 de setembro de 2013
Horário: 8h às 13h
Local: Fazenda Nativa (propriedade de Valdemiro Cenci)
Módulo 25 - Área C – Buriti Vermelho – PAD-DF, Brasília, DF.
Liliane Castelões - Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Cerrados
A primeira estação terá como tema o manejo das cultivares de trigo no Cerrado. O pesquisador Julio Albrecht, da Embrapa Cerrados, apresentará quatro linhagens que serão lançadas até 2015 como novas cultivares de trigo. Na estação, o pesquisador abordará o potencial de rendimento de grãos e as principais características dessas linhagens e das cultivares BRS 254 e BRS 264.
Os representantes da COOPA-DF (Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal) e IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná), respectivamente, Cláudio Malinski e Seiji Igarashi, falarão, na segunda estação, sobre a brusone, doença causadora de grandes perdas na cultura do trigo. Na terceira estação, o pesquisador Alexandre Specht, da Embrapa Cerrados, fará uma apresentação sobre Helicoverpa armigera e outros lepdopteros nas principais culturas do Cerrado.
Novas tecnologias nutricionais em auxílio ao tratamento de doenças do trigo serão abordadas, na quarta estação, por representantes das empresas SATIS e FMC. Na última estação haverá apresentação de equipamentos agrícolas, principalmente de colheitadeiras, da empresa Case. Após a finalização das apresentações nas estações técnicas será oferecido um churrasco de confraternização aos participantes do evento.
Produtividade no Cerrado – as lavouras de trigo do Cerrado do Brasil Central, principalmente de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, estão com ótimo potencial de produtividade. O pesquisador Julio Albrecht estima que a produtividade de algumas lavouras, este ano, possa chegar até 7,5 toneladas por hectare de grãos com boa qualidade, acima da média do Cerrado, normalmente entre 5,7 e 6,0 toneladas por hectare.
De acordo com Albrecht, as lavouras da região apresentam um ótimo desenvolvimento, em função, principalmente, das condições climáticas que foram favoráveis ao crescimento das plantas, apesar de períodos de temperaturas mais elevadas que ocasionaram alguns focos de ferrugem.
As lavouras de um modo geral estão na fase final de maturação. “A sanidade das plantas é boa, não foi observado problemas com pragas e doenças. Este ano não foram registrados prejuízos com a ocorrência da brusone, doença causada por fungo, responsável por prejuízos a produção em anos anteriores. Os produtores realizaram de três a quatro aplicações preventivas de fungicidas durante todo o ciclo da cultura. Também não foram detectados danos com a infestação da lagarta Helicoverpa armigera, que já se encontra espalhada pelas regiões produtoras do Cerrado”, destacou Albrecht.
Colheita - a colheita de trigo no Cerrado já está começando e, para garantir tanto a produtividade da lavoura quanto para assegurar a qualidade final do grão, o produtor deve tomar alguns cuidados.
O pesquisador Julio Albrecht explicou que suspender a irrigação no momento certo, verificar a umidade dos grãos na hora de colher e regular corretamente as colheitadeiras são as melhores maneiras de garantir bons resultados nesta safra de inverno.
“O momento correto de interromper a irrigação é quando aproximadamente 50% dos grãos da lavoura estão duros. Isso pode ser verificado quando os grãos resistirem à penetração da unha”, afirmou Albrecht.
O trigo deve ser colhido quando os grãos apresentarem teor de umidade apropriado para colheita mecanizada. Na prática, isso ocorre quando os grãos atingem aproximadamente 13% de umidade. Nesse nível, o produto não sofre, na comercialização, desconto devido ao teor de umidade e não necessita de secagem. Sugere-se iniciar a colheita após as dez horas da manhã, quando as plantas se encontrarem secas e sem orvalho.
Também é preciso tomar alguns cuidados com relação à regulagem das colheitadeiras. Para se evitar perdas durante a operação de colheita, é necessário providenciar, com antecedência, a perfeita regulagem da colheitadeira. Recomenda-se seguir as instruções do manual do fabricante do equipamento. Albrecht ressalta que à medida que a colheita vai sendo processada, as condições de umidade do grão e da palha variam, necessitando assim de novas regulagens.
A secagem de trigo é uma operação crítica na sequência do processo de pós-colheita. Como consequência da secagem, podem ocorrer alterações significativas na qualidade do grão. O teor de umidade para armazenar trigo colhido é da ordem de 13%. Desse modo, todo o produto colhido com umidade superior à indicada para armazenamento deve ser submetido à secagem. Em lotes com mais de 16% de umidade, o pesquisador sugere que a secagem seja lenta para evitar danos físicos no grão. A temperatura na massa de grãos de trigo não deve ultrapassar 60°C, para manutenção da qualidade tecnológica do produto.
Os produtores estão com boas perspectivas de comercialização, pois a falta de trigo no mercado brasileiro está elevando o preço do produto. Pelo menos 33% da produção de trigo do Paraná foram comprometidos com as geadas que ocorreram em julho. A quebra da safra brasileira ocorre em um momento de redução também da produção argentina, país fornecedor do Brasil. Albrecht estima que o saco de 60 kg seja comercializado, na região do cerrado, entre R$ 55 e R$ 60. Considerando que o custo por lavoura, em média, foi de R$ 2,5 mil por hectare, o retorno econômico com a comercialização do trigo poderá ser superior ao feijão, que comumente é a cultura que tem oferecido maiores lucros aos produtores irrigantes do Cerrado.
Serviço:
Dia de Campo “Trigo Irrigado”
Data: 13 de setembro de 2013
Horário: 8h às 13h
Local: Fazenda Nativa (propriedade de Valdemiro Cenci)
Módulo 25 - Área C – Buriti Vermelho – PAD-DF, Brasília, DF.
Liliane Castelões - Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Cerrados
Fonte: Embrapa Cerrados