29
jul
2010
Trigo é tema de debate em Cascavel

 

A safra de trigo está em andamento e as perspectivas não são nada boas. Em busca de soluções para os entraves do mercado, produtores e pesquisadores estão reunidos em Cascavel, no Paraná.

O agricultor Itacir Falavinha planta trigo desde que se conhece por gente. Ele não falhou um ano se quer. São 90 hectares de uma lavoura bonita, que começa a ser colhida em um mês. “Está bem bonita. Tem potencial para um boa produção”, avaliou.

É um ano em que o clima não é a principal adversidade. O preço pago pelo trigo preocupa mais do que qualquer geada, que sempre tirou o sono do produtor. Se não é possível escapar desse mercado, o jeito é aprender a lidar com ele. Nesse caso, a palavra é eficiência.

O uso da tecnologia do trigo em favor do agricultor é tema de um encontro brasileiro em Cascavel. Pesquisadores, agrônomos e produtores querem descobrir saídas para a cultura.

“O trigo nacional teve um incremento muito grande. Isso realmente há tempos atrás era um empecilho. O trigo nacional com pior qualidade do que o trigo importado. Hoje, dizemos que já não é, principalmente o trigo paranaense. E no Rio Grande do Sul vem se crescendo muito em qualidade. Então, estamos muito próximos de romper esse paradigma”, explicou o agrônomo Marcelo Rodrigues.

Para o Sindicato dos Moinhos Paranaenses, o Brasil já produz trigo de boa qualidade. Falta separar o produto para a panificação dos outros usados em biscoitos. Outra alternativa é seguir um padrão, como acontece na Argentina.

“A gente chega a ter trigo paranaense superior ao argentino. Um dos maiores problemas do Paraná ainda é segregação. A gente não consegue ter todo esse trigo separado. Se consegue ter uma parte. Então, sempre fica alguma coisa na dependência de ser comercializado”, esclareceu Marcelo Vosnika, presidente do Sinditrigo.

O encontro termina nesta quinta-feira.


Fonte: Globo Rural
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