07
jun
2010
Trigo da Embrapa tem liderança no Paraná

 

Excelentes sanidade, produtividade, adaptação e qualidade industrial voltadas para panificação têm garantido à parceria Embrapa/Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa a liderança no mercado de sementes de trigo do Paraná. Nos últimos seis anos, a participação da Embrapa e de seus parceiros neste mercado, saltou de 16% para 44%.

A cultura do trigo é uma boa opção de inverno para garantir sustentabilidade aos sistemas produtivos. “Ter uma opção de inverno para entrar na janela de cultivo da soja, por exemplo, é importante para reduzir o custo fixo e agregar valor à propriedade”, avalia Luiz César Tavares, da equipe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Soja.

A diversidade do portifólio de cultivares de trigo da Embrapa para o Paraná, São Paulo; Santa Catarina e Sul do Mato Grosso do Sul tem agradado aos produtores. No Paraná, a cultivar BRS 220, por exemplo, na safra de 2009, foi responsável por 24% do volume de semente comercializado no estado, representando aproximadamente 350 mil hectares semeados.

O pesquisador da Embrapa Soja, Manoel Carlos Bassoi, explica que a cultivar BRS 220 é de ciclo médio e leva em média 69 dias até chegar ao espigamento. “Além do seu excelente potencial de rendimento, possui boa resistência às doenças fúngicas, resistência ao acamamento, tolerância ao alumínio tóxico do solo e qualidade industrial para fabricação do pão francês”, relata.

Outra cultivar bastante semeada no Paraná e em Santa Catarina é a BRS 208. A cultivar foi comercializada por 15% dos produtores de trigo do Paraná e 10% de Santa Catarina. Entre suas características destacam-se a rusticidade, ampla adaptação, boa rusticidade à ferrugem da folha e à mancha foliar. “Esta cultivar apresenta um baixo custo, quando se considera a aplicação de fungicidas”, afirma Bassoi.

Novidades

Os últimos lançamentos da Embrapa para o mercado de trigo são a BRS Pardela e a BRS Tangará, que estão disponíveis nesta safra para os produtores de grãos do Paraná. “Nos experimentos, estas cultivares alcançaram média de produtividade de 4000 kg/ha”, destaca Bassoi.

Segundo ele, a BRS Pardela é uma opção para o mercado de farinha para a produção de pão francês, porque possui glúten forte e balanceado, além de boa estabilidade da farinha. Também pode ser utilizada na fabricação de massas em geral e na mistura com farinhas com menor força de glúten. “Esta cultivar também destaca-se por apresentar boa resistência ao oídio, à ferrugem da folha, com moderada resistência à brusone e às manchas foliares”, destaca Bassoi.

A BRS Tangará também se destaca por suas características industriais como boa qualidade de panificação e resistência à germinação pré-colheita. “Associado a isto, apresenta boa sanidade, com destaque para resistência à ferrugem da folha, ao oídio e moderada resistente à giberela. Também tem ampla adaptação geográfica, mas seu pico de rendimento é em locais com temperatura mais amenas”, enfatiza Bassoi.

A Embrapa Soja está disponibilizando na sua página na Internet informações sobre a qualidade industrial das cultivares de trigo recomendadas para semeadura, nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Para atender a esta antiga demanda do mercado, a Embrapa traz análise físico-químicas e análise tecnológicas, utilizadas pela indústria moageira para classificar os grãos e farinhas resultantes da moagem de suas cultivares.

As análises foram efetuadas pela Embrapa Trigo, de Passo Fundo, RS, e são apresentadas em tabela padrão, para cada cultivar, isoladamente.

Fonte: ABN - Agência Brasileira de Notícias
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