Os preços internos do trigo se descolaram expressivamente dos externos. Enquanto há um ano os valores no Brasil estavam inferiores aos registrados na Argentina e nos Estados Unidos, atualmente, estão 38% maiores. Esta diferença tende a favorecer as importações em detrimento das aquisições do produto brasileiro. Ao mesmo tempo, essa distância entre os valores interno e externo indica a necessidade de ajustamento – neste caso, a dificuldade é saber se os preços brasileiros irão ceder ou os externos, subir. No Brasil, a semeadura de trigo está praticamente finalizada.
O foco agora fica em relação aos tratos culturais. No Paraná, especificamente, há preocupação com o clima seco dos últimos dias e da previsão de que chuvas podem demorar a chegar. No Rio Grande do Sul, as condições das lavouras estão heterogêneas, devido ao clima no período da implantação. Em algumas regiões, plantas apresentam bom perfilhamento, enquanto as áreas semeadas mais tardiamente encaram o déficit hídrico dos solos, o que tem dificultado o processo de germinação.