Apesar de os preços atuais serem maiores que os de um ano atrás, o risco climático, de preço, de liquidez e de produtividade entre outros tendem a limitar a escolha de produtores pelo trigo neste ano.
Além disso, há, ainda, o bom estoque mundial de trigo e a possibilidade de a Argentina se mostrar mais agressiva na oferta ao mercado externo, o que desfavorece o produtor brasileiro ao mesmo tempo em que beneficia o comprador nacional.
Tradicionalmente, a cultura do trigo é arriscada. Nas duas últimas safras, o clima, em especial, acarretou quebra da produtividade e prejudicou a qualidade do grão. Por outro lado, a liquidez tem sido melhor que a registrada há três ou quatro anos.
Para a próxima safra, porém, há alguns fundamentos que, desde já, pesam contra produtores e/ou vendedores. Os estoques mundiais estão nos maiores níveis históricos e a relação com o consumo são os maiores das últimas 13 anos-safras. Isto por si só constitui fator de pressão sobre as cotações. No Brasil, porém, os estoques no final da próxima temporada devem ser bem baixos.