Enquanto no mercado interno os preços apurados no Paraná começam a oscilar entre altas e baixas para o produto da safra 09/10 que ainda segue sendo comercializado, as cooperativas do estado buscam alternativas, aproveitando o bom momento do cereal no cenário internacional.

Apesar das variações observadas no final da semana passada e também no início desta, os preços do trigo no Paraná seguem em ritmo de alta, mesmo que mais tímido diante da diferença de demanda nas diferentes regiões do estado.

As quedas observadas para o preço médio na última sexta-feira e também em dois dias desta semana devem-se a variações negativas pontuais em algumas praças de comercialização, refletindo o balanço entre oferta e demanda regionais, principalmente no que se refere à procura dos moinhos por produto.

Porém, para intensificar o potencial de alta dos preços no mercado interno, as cooperativas estudam a possibilidade de exportar o grão para aproveitar o momento de maior liquidez no comércio mundial.

A notícia vem da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), cuja última reunião teve como tema o assunto, que mostrou-se plenamente viável a partir deste mês de setembro, principalmente para aquelas unidades localizadas mais ao Sul do estado, que possuem menor custo de transporte até o Porto de Paranaguá.

A Ocepar também já contabiliza as primeiras perdas para uma safra de trigo no Paraná, em decorrência da estiagem prolongada em todo o estado.

As lavouras que estão iniciando a fase de floração agora e precisam de um aporte extra de água já estão com potencial produtivo reduzido, o que frustra a expectativa de safra cheia e até acima do esperado que vinha sendo projetada.

Mais uma vez, as lavouras mais ao Sul do Paraná sofrem com o maior risco climático e registram quebra de safra este ano. O percentual perdido até o momento é de 5% das 3,12 milhões de toneladas estimadas pela Secretaria de Agricultura do estado até o momento.

Fonte: AF News - Só Notícias

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