Em meio à pandemia de coronavírus, a tendência para o trigo é de preços em alta, segundo a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. O cereal é o segundo mais consumido globalmente, fazendo parte da cesta básica de diversos países, especialmente na Europa, que tem o maior consumo per capita do mundo.
A consultoria destaca que 50% da demanda interna no Brasil é atendida por meio de importações, principalmente da Argentina. Com isso, as cotações devem continuar em patamares elevados, com a forte alta do dólar e o aumento das cotações internacionais elevando os custos de importação em período de entressafra no país.
No acumulado de 2020, segundo levantamento da consultoria, os preços do trigo em grão registram forte alta (32,6%) no mercado interno, enquanto a alta das cotações globais foi de 22,4% no mesmo período.
Isolamento social
A tendência é de alta para o grão e derivados, com moinhos se antecipando ao consumo em meio à pandemia e pelo maior consumo de produtos alimentícios à base de trigo. “O setor está sendo beneficiado pelo isolamento domiciliar, pois vende produtos que oferecem facilidades aos consumidores, com a praticidade muitas vezes prevalecendo sobre os custos na hora da decisão de compra”, diz.
E no segundo semestre?
De acordo com a Cogo, a área cultivada com o cereal deve crescer em 2020, refletindo preços elevados ao longo do ano passado e deste. “Surge como alternativa para regiões que decidiram não cultivar milho segunda safra com risco climático”, diz.
Caso o aumento na produção se concretize, é possível que os preços se estabilizem no segundo semestre de 2020.
Fonte: Canal Rural
Volte para a Listagem