A Consultoria Trigo & Farinhas estima que o Brasil deve ter uma produção total do trigo para a safra 2017/2018 de 4,1 milhões de toneladas. Isso representa queda de cerca de 14,58% em relação à última estimativa e 39,0% a menos do que a safra anterior, de 2016/2017.
Nesta semana a Emater-RS divulgou a sua estimativa da produção do estado, fixando-o em 1,2 milhão de toneladas. No final de novembro o Deral do Paraná tinha estimado a produção do estado em 2,2 milhões de toneladas. A esses valores devem somar-se algo ao redor de 700 mil toneladas produzidas no restante do País.
“Deve-se observar que, das 4,1 MT a serem produzidas nesta safra, cerca de 1,0 milhão de toneladas será de trigo forrageiro, que foi danificado pelo clima e que não serve para consumo humano, devendo ser negociado com fábricas de ração dentro e fora do país, restando, portanto, somente 3,1 milhões de toneladas para moagem, contra uma demanda estimada entre 10,5MT e 11,0 milhões de toneladas”, aponta a T&F.
De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, isto significa uma necessidade de importação entre 7,5 MT e 8,0 milhões de toneladas (entre grãos e farinhas em grão equivalente), se a demanda de farinhas voltar a crescer um pouco, invertendo a atual tendência de retração. Esta queda de produção terá efeito direto sobre os preços. Para o trigo nacional branqueador, o preço já é de R$ 700,00/tonelada neste momento e deverá subir mais durante o primeiro semestre de 2018, à medida que a oferta for ficando cada vez mais escassa.
Fonte: Agrolink
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