Os custos variáveis da produção de trigo, segundo o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), voltaram a cair neste trimestre, passando para R$ 37,14/saca de 60 kg, sobre uma produtividade de 48 sacas/hectare. Em fevereiro deste ano de 2017 o custo era de R$ 38,53/saca e em fevereiro de 2016 era de R$ 40,86/saca.

As causas apontadas são a queda dos juros (dos financiamentos) e do Dólar (dos componentes importados). Assim mesmo, o custo atual está 17,45% acima do preço médio do trigo no estado, que está em R$ 31,62 no Paraná, neste momento, para agricultores que tem esta produtividade (48 sacas/hectare). 

No entanto, na visão da Consultoria Trigo & Farinhas, comparar o custo de produção com o preço atual é totalmente indevido. “Deve-se compará-lo com o preço que se obtiver pelo trigo na época de comercialização (que poderá ser diferente do atual). Há muitas opiniões sobre a possibilidade ou não de os preços subirem e quanto até a próxima colheita”, comenta o analista sênior da T&F, Luiz Carlos Pacheco.

Segundo ele, há fatores contundentes implícitos no mercado atual que permitem prever que os preços deverão compensar com sobras os custos de produção. Um dos fatores são as ameaças climáticas na América do Sul e do Hemisfério Norte, que poderão reduzir a oferta regional e mundial.

“Continuamos indicando a colocação de opções de PUT’s para moinhos, cooperativas e cerealistas a fim de garantir um preço de compra lucrativo e poder melhorar o preço que poderão pagar aos seus produtores associados. Lembre-se que não usar os mercados futuros é como ter um trator na garagem e continuar usando o arado (e a eficiência e tamanho do lucro é proporcional ao uso ou não)”, conclui Pacheco. 

 

Fonte: Agrolink

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