05
jan
2011
Trigo: grandes mudanças se anunciam para a próxima safra
AF News - Para evitar surpresas como as enfrentadas este ano, quando a Política de Garantia dos Preços Mínimos para o Trigo foi alterada já com o plantio em andamento, os representantes do setor produtivo dos três principais produtores do país (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) estão desde o final do ano passado num trabalho intenso para garantir as mudanças esperadas para a Política Agrícola a ser implementada para a próxima safra.
Ao que parece apesar de não ter gerado “efeitos concretos” as articulações parecem estar sendo desenhadas com sucesso e o Ministério tem assumido compromissos verbais de que vai anunciar mudanças para a produção tritícola com antecedência e com impactos efetivamente positivos para o produtor. Conforme declarações do diretor de Política Agrícola do Ministério aos representantes das cooperativas dos estados da região Sul, as propostas para o setor serão anunciadas até 10 de fevereiro deste ano com antecedência em relação ao período de maior concentração do plantio nacional.
A Política Agrícola para o trigo deve trazer importantes modificações para a próxima safra, que serão coletadas dentre as várias propostas feitas há muito pelo setor produtivo e já tem algumas definições certas, como o novo Regulamento Técnico para o grão, que era uma reivindicação também antiga do setor industrial que pedia há tempos o endurecimento dos padrões de classificação para que o produto aqui produzido fosse compatível com a padronização internacional.
Voltando ao campo do que ainda não está confirmado, os principais focos das discussões neste momento é o estabelecimento de restrições para importação com salvaguardas ao produto nacional, além dos pontos mais ligados à produção em si que seria adaptações e ampliações do seguro e do custeio rural. O que se sabe, é que a solução mais simples e menos “dolorosa”, ou seja, o aumento da TEC não resolverá os problemas do produtor brasileiro e não apaziguará os ânimos, já que ela não incide sobre as trocas comerciais entre os países do Mercosul. Além disso, como as medidas acima citadas envolvem outros Ministérios, relações exteriores e recursos extras, o consenso não será nada fácil e dificilmente se estabelecerá um plano de ação que satisfaça plenamente as expectativas.
Não é uma questão de pessimismo, mas o fato é que o governo já anunciou o corte de verbas para a maioria dos Ministérios em um ano que será de contenção de gastos públicos para reequilibrar a economia brasileira e garantir o tão falado crescimento sustentável do país. Após o ano de bonança e esbanjamento do dinheiro público que tivemos em 2010, a equipe econômica do novo governo sabe que se o orçamento não for enxugado será iniciado um ciclo vicioso que pode levar ao descontrole do sistema de metas de inflação, ao aumento expressivo da taxa básica de juros, a uma perda do poder de compra dos brasileiros, com consequente desaquecimento da economia como um todo.
Dessa forma, o remédio é amargo, mas é necessário para garantir a estabilidade do Brasil e a sua caminhada rumo ao destaque entre os países emergentes. O que não deveria acontecer, é o corte de gastos em áreas importantes como a Agricultura, mas isso já uma outra história bem distante dos campos e bem mais próxima das paredes do Congresso Nacional.
Ao que parece apesar de não ter gerado “efeitos concretos” as articulações parecem estar sendo desenhadas com sucesso e o Ministério tem assumido compromissos verbais de que vai anunciar mudanças para a produção tritícola com antecedência e com impactos efetivamente positivos para o produtor. Conforme declarações do diretor de Política Agrícola do Ministério aos representantes das cooperativas dos estados da região Sul, as propostas para o setor serão anunciadas até 10 de fevereiro deste ano com antecedência em relação ao período de maior concentração do plantio nacional.
A Política Agrícola para o trigo deve trazer importantes modificações para a próxima safra, que serão coletadas dentre as várias propostas feitas há muito pelo setor produtivo e já tem algumas definições certas, como o novo Regulamento Técnico para o grão, que era uma reivindicação também antiga do setor industrial que pedia há tempos o endurecimento dos padrões de classificação para que o produto aqui produzido fosse compatível com a padronização internacional.
Voltando ao campo do que ainda não está confirmado, os principais focos das discussões neste momento é o estabelecimento de restrições para importação com salvaguardas ao produto nacional, além dos pontos mais ligados à produção em si que seria adaptações e ampliações do seguro e do custeio rural. O que se sabe, é que a solução mais simples e menos “dolorosa”, ou seja, o aumento da TEC não resolverá os problemas do produtor brasileiro e não apaziguará os ânimos, já que ela não incide sobre as trocas comerciais entre os países do Mercosul. Além disso, como as medidas acima citadas envolvem outros Ministérios, relações exteriores e recursos extras, o consenso não será nada fácil e dificilmente se estabelecerá um plano de ação que satisfaça plenamente as expectativas.
Não é uma questão de pessimismo, mas o fato é que o governo já anunciou o corte de verbas para a maioria dos Ministérios em um ano que será de contenção de gastos públicos para reequilibrar a economia brasileira e garantir o tão falado crescimento sustentável do país. Após o ano de bonança e esbanjamento do dinheiro público que tivemos em 2010, a equipe econômica do novo governo sabe que se o orçamento não for enxugado será iniciado um ciclo vicioso que pode levar ao descontrole do sistema de metas de inflação, ao aumento expressivo da taxa básica de juros, a uma perda do poder de compra dos brasileiros, com consequente desaquecimento da economia como um todo.
Dessa forma, o remédio é amargo, mas é necessário para garantir a estabilidade do Brasil e a sua caminhada rumo ao destaque entre os países emergentes. O que não deveria acontecer, é o corte de gastos em áreas importantes como a Agricultura, mas isso já uma outra história bem distante dos campos e bem mais próxima das paredes do Congresso Nacional.
Fonte: Só Notícias