Até o início desta semana, 93% da área plantada com trigo já haviam sido colhidos no Paraná, denotando que nos aproximamos da reta final da safra e agora a preocupação é em conseguir comercializar esta farta oferta registrada este ano. Como vimos ontem, a produção 5,44 milhões de toneladas que já era muito boa tendo em vista a queda de área plantada foi elevada para 5,6 milhões de toneladas, e grande parte deste sucesso deve-se à excepcional produtividade atingida nas lavouras paranaenses.
Das lavouras que ainda estão a campo, 64% apresenta boas condições de desenvolvimento, 30% são consideradas medianas e 6% estão classificadas como ruins, sendo que, em termos absolutos esta situação representa a realidade de pouco menos de 80 mil hectares. A maior parte desta área está situada no Núcleo Regional de Guarapuava, que é onde se realiza o plantio mais tardiamente e, portanto, onde a colheita é finalizada e, com as condições observadas até o momento devemos ter um trigo de menor qualidade por lá, uma vez que a estiagem que atingiu a cultura no início do seu desenvolvimento acabou prejudicando o desenvolvimento das plantas. Ainda há uma significativa parcela das lavouras em fase de frutificação, o que denota que esta fase final deve perdurar ainda ao longo deste mês e início de dezembro.
A comercialização ficou praticamente estagnada no estado, avançando somente 2 pontos percentuais nestas duas últimas semanas, o que corresponde a menos de 65 mil toneladas comercializadas no período. O volume acumulado de vendas desde o início da colheita até esta segunda semana de novembro é de apenas 743,98 mil toneladas de milho, estando a maior parte da produção ainda sem comprador, o que espera-se que seja revertido com os leilões, que devem conseguir escoar em torno de 3 milhões de toneladas de trigo majoritariamente do Paraná.
Fonte: AF News - Notícias Agricola
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