De acordo com a Consultoria Trigo & Farinhas, o Brasil terá de importar 3,82 milhões de toneladas até agosto. O cálculo leva em conta as 700 mil toneladas que já foram compradas, entre o Line-Up marítimo e as compras via rodoviária do Uruguai e do Paraguai para entrega futura.

A necessidade de moagem neste período (sete meses) é de 6,02 milhões de toneladas, considerando a projeção da Conab/Abitrigo de 860 mil tons/mês. Por outro lado, a disponibilidade de trigo brasileiro é de aproximadamente “1,5 milhão de toneladas (30% da produção desta safra), entre o que já foi comprado pelos moinhos, para entrega até fevereiro/março e o que ainda não está comercializado, dos quais 95% é de trigo tipo 2, que não serve para panificação”, diz a T&F.

“Faltaria comprar cerca de 3,82 milhões de toneladas. Destas 60% (ou 2,29 milhões de toneladas) seria de trigo panificável ou melhorador (dos EUA e Paraguai) e 40% de trigo soft ou tipo 2, para a produção de biscoitos e massas de qualidade inferior (ou 1,52 milhão de toneladas, da Argentina e Uruguai)”, conclui a Consultoria.