A quarta-feira deve ter a presença de uma intensa região de baixa pressão sobre o Paraguai, Bolívia e norte da Argentina. Este fenômeno deve provocar fortes tempestades sobre esses países, com algumas projeções sinalizando para mais de 200 mm em 24h em setores do Paraguai. Além disso, conforme indicado pelo centro de meteorologia do Paraguai (Dirección de Meteorología e Hidrología), há condições de chuvas fortes acompanhadas de trovoadas, rajadas de ventos “muito fortes” e eventual queda de granizo.
As instabilidades são reforçadas pelo grande suporte de ar quente e úmido proveniente da região amazônica.
As projeções indicam que os maiores perigos estão fora das fronteiras com o Brasil. Entretanto, não se descarta a possibilidade de algumas dessas tempestades avançarem para o oeste do Mato Grosso do Sul e sudoeste do Mato Grosso.
Como uma área de baixa pressão atmosférica causa chuvas?
Uma área de baixa pressão atmosférica pode causar chuvas devido ao ar quente e úmido que se eleva em sua área central, onde a pressão é mais baixa. Conforme o ar quente sobe, ele se expande e se resfria, fazendo com que o vapor de água no ar se condense e forme nuvens.
À medida que mais vapor de água é continuamente puxado para a área de baixa pressão, as nuvens se tornam cada vez mais densas e pesadas, eventualmente resultando em precipitação na forma de chuva.
Vale lembrar que vários fatores podem influenciar na formação e na intensidade de uma área de baixa pressão atmosférica, como a temperatura da superfície do mar, a direção e velocidade dos ventos e a umidade do ar, entre outros.
Veja o mapa e a previsão por região
Norte
Seguindo um padrão muito semelhante ao dia anterior, as condições de chuvas são altas em praticamente todos os setores da região, com exceção do estado de Roraima. Sobre o Tocantins, as chuvas devem atrapalhar as operações em campo, mesmo que haja janelas de trabalho ao longo do dia.
Nordeste
As condições de chuvas são elevadas na metade norte da região em função da maior atividade da ZCIT. Esse corredor de umidade, leva as chuvas desde o Rio Grande do Norte até o Maranhão. Para esta quarta, a previsão indica uma redução nos volumes de chuvas, entretanto os acumulados devem superar os 40 mm em algumas localidades. Já no centro-sul da Bahia, uma massa de ar seco deve impedir a formação das nuvens carregadas, o que deve contribuir para a perda de umidade do solo e as temperaturas mais elevadas no período da tarde.
Centro-Oeste
A presença de uma região de baixa pressão sobre os países vizinhos, mexe com o tempo sobre a metade oeste do centro-oeste. Deste modo, um corredor de umidade se estabelece desde o norte do Mato Grosso até o oeste do Mato Grosso do Sul, garantindo as condições de chuvas ao longo do dia. Em Aripuanã (MT)e Dourados (MS), a média das projeções sinalizam mais de 35 mm no decorrer do período. As instabilidades também serão observadas sobre Goiás, previsão de até 10 mm nas imediações de Brasília.
Sudeste
A combinação entre calor e umidade – especialmente no período da tarde – deve trazer chuvas sobre a região. Essas instabilidades serão registradas principalmente sobre o Vale do Paraíba e Triângulo Mineiro, mas com previsão de baixos volumes ou grande irregularidade nas chuvas. No sul de São Paulo e centro norte de Minas, o predomínio deve ser do Sol. mesmo assim, o amanhecer será ameno mas os termômetros no período da tarde, passam dos 30°C.
Sul
Áreas de instabilidade associadas a uma região de baixa pressão devem provocar a formação de algumas nuvens carregadas. Contudo, as chuvas serão isoladas e passageiras, com volumes variando entre os 5 e 10 mm nas áreas mais atingidas. O grande destaque do dia, segue com as temperaturas mais baixas no período da manhã, com marcas inferiores aos 10°C sobre os pontos de maior altitude. Por outro lado, na metade norte do Paraná o predomínio é de tempo seco, que deve contribuir para o avanço nas operações em campo.
Fonte: Agrolink
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