Depois das intensas tempestades registradas na região Sul nos últimos dias, a frente fria avança pelo Centro do Brasil, aumentando as condições de chuva em áreas do Sudeste e Centro-Oeste. De acordo com o meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, o cenário é promissor para algumas culturas agrícolas, especialmente no estado de São Paulo, norte do Paraná e Mato Grosso do Sul.
A previsão indica acumulados de chuva que podem superar os 40 a 60 mm em regiões próximas ao litoral norte de São Paulo, o que pode favorecer o crescimento de culturas como a cana-de-açúcar, o café e a soja. Porém, o excesso de água em curto período pode trazer desafios, como erosão em áreas desprotegidas e encharcamento de solos, especialmente nas plantações do Paraná e Rio de Janeiro.
Detalhes por região
Sudeste e Centro-Oeste: A frente fria deve intensificar a formação de nuvens carregadas no Mato Grosso, sul de Goiás e Minas Gerais. O aumento da umidade beneficia lavouras em fases críticas de desenvolvimento, como a soja e o milho. O reforço do sistema de baixa pressão na costa do Sudeste também eleva as chances de temporais localizados, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro.
Norte: A melhora na distribuição das chuvas em áreas do Norte, como o Tocantins, deve aliviar a situação de pastagens e plantações de grãos. A ação de sistemas atmosféricos, como a Alta da Bolívia, ajuda no levantamento de ar e na formação de instabilidades.
Nordeste: Enquanto áreas do oeste da Bahia e Maranhão poderão receber chuvas benéficas, regiões do leste e sul da Bahia, Sergipe e Alagoas seguem sob predomínio de sol. Esse padrão, influenciado pelos Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis, pode causar contrastes climáticos na região.
Sul: Após as tempestades intensas do fim de semana, o extremo Sul do país terá temperaturas mais amenas, com mínimas abaixo de 10°C no Rio Grande do Sul na madrugada de quarta-feira.
As chuvas previstas são essenciais para aliviar o déficit hídrico em algumas regiões e impulsionar culturas como a soja, o milho e o café. No entanto, áreas com solos compactados ou sem manejo adequado podem enfrentar dificuldades com o escoamento de água. Produtores devem estar atentos ao monitoramento meteorológico e ao manejo de suas lavouras para mitigar possíveis perdas.
O verão traz instabilidades climáticas mais imprevisíveis, com chuvas intensas localizadas e períodos de estiagem em áreas próximas. Isso exige planejamento constante, especialmente em regiões como o MATOPIBA, onde os sistemas atmosféricos alternam condições favoráveis e desfavoráveis em curtos períodos.
Fonte: Agrolink
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