Um relatório da Rede de Informação Agrícola Global do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a guerra comercial entre os norte-americanos e a China beneficiará a indústria brasileira de soja no próximo ciclo. Isso porque os asiáticos devem substituir a soja dos EUA pela brasileira na próxima safra.
De acordo com o departamento, a safra de 2018/2019 do Brasil teve um bom começo, com os produtores aproveitando o clima favorável nas regiões sul e centro-oeste do país. O USDA prevê que a área plantada de soja cresça em 3%, para 36 milhões de hectares, e a produção deve chegar a um recorde de 123 milhões de toneladas.
“Assumindo que a China continue a aplicar impostos de importação sobre a soja dos EUA, a demanda por soja brasileira continuará elevada. O aumento da área plantada para a safra 2018/2019 deve-se, em grande parte, ao contínuo otimismo dos produtores quanto à valorização da soja brasileira. Desde o início do ano civil, os preços locais da soja aumentaram acentuadamente devido à demanda robusta da China, bem como ao fraco Real”, diz o texto.
Mesmo com o aumento esperado de plantio e produção, o USDA disse que os estoques serão reduzidos para cerca de 1% da oferta interna. No entanto, os analistas brasileiros não esboçaram nenhuma preocupação com relação à baixa oferta de ações para a oferta doméstica.
“A suposição é de que, caso haja algum déficit para o consumo interno, o Brasil sempre poderá trazer suprimentos adicionais de produtores vizinhos. Em vez disso, os comerciantes e produtores estão usando os últimos recursos, a fim de aproveitar o lado positivo dos preços decorrentes das tensões comerciais internacionais", finaliza.
Fonte: Agrolink
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