O Paraná aposta quase todas as suas fichas para uma retomada econômica em 2013 na supersafra que está por vir. Pelo menos foi esta a expectativa apresentada por especialistas do setor produtivo do estado em um debate no Conselho Regional de Economia (Corecon-PR). A política de desonerações da indústria e o câmbio devem colaborar, em menor medida, para um ano melhor que 2012.
A crescente demanda mundial de alimentos e a quebra das safras dos Estados Unidos e Europa impulsionam a importância da safra recorde que o Brasil deve colher neste verão. O resultado é uma economia mais aquecida, principalmente no Paraná. “Um quarto do Produto Interno Bruto brasileiro está ligado à cadeia do agronegócio. No Paraná, a proporção é de um terço”, explica o analista econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Gilson Martins.
A previsão é de que a próxima safra brasileira seja de 181 milhões de toneladas, um recorde – 35,4 milhões de toneladas do Paraná. Em função da queda nos estoques mundiais de trigo e milho, os preços das commodities devem se manter em patamares elevados. “O panorama é extremamente favorável e só parece ser ameaçado por alguma eventualidade climática”, diz Martins.
Já no que diz respeito à indústria, a expectativa é de que o panorama local se mantenha acima do nacional, muito em função do peso da agroindústria no setor. “Falou-se em desindustrialização neste ano, mas os números não chegaram a ser alarmantes. A evolução da densidade industrial foi mantida em 2012 e é natural que ano que vem isso se repita”, explica Maurílio Schmitt, economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Fonte: Gazeta do Povo
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