Nesta quarta-feira (21.02) as instabilidades continuam sendo influenciadas pela Tempestade Tropical Akará, apesar da sua distância de pelo menos 740Km  em relação à costa sul do país. 

O sistema favorece a organização dos corredores de umidade sobre o centro-oeste, sudeste e nordeste do país, aumentando o potencial de chuvas sobre grande parte do MATOPIBA, Minas Gerais e Espírito Santo.

Existem alertas para o estado Capixaba, onde as projeções indicam mais de 65 mm ao longo do dia, nas imediações de Santa Teresa.

Também são esperadas chuvas intensas ao norte de Goiás e no Sertão da região Nordeste, onde os pontuais podem superar os 40 mm.

Com a menor presença do Sol e chuvas mais recorrentes, as temperaturas no período da tarde serão mais baixas, sobretudo em áreas da região Nordeste.

De maneira geral, as condições agrometeorológicas são adequadas para a maioria dos cultivos. Contudo, há pontos de atenção em áreas da região Sul, pela estiagem, e o excesso de chuvas no centro-norte, aumentando a necessidade do monitoramento fitossanitário.

Região Norte: Tempo firme ganha espaço

Os corredores de umidade da região estão deslocados em direção ao sul , canalizados sobre o Brasil central. Assim, a massa de ar quente e seco deve ganhar ainda mais abrangência nesta quarta, levando condição de tempo firme em todo estado de RR, grande parte do AM, até o centro-norte do PA. Algumas instabilidade devem ocorrer sobre o AC, RO e sudeste do PA. Já no TO, as instabilidades devem ganhar mais intensidade no decorrer do período, com possibilidade de precipitações na ordem dos 50 mm no sul do estado, o que deve favorecer o estabelecimento do milho safrinha e desenvolvimento do algodão.

Região Nordeste: Instabilidades generalizadas na região; Temperaturas amenas

Os corredores de umidade ao norte – ZCIT – e sul da região – tempestade tropical Akará – favorecem a organização das instabilidades em todos os setores, com destaque para o oeste e norte da BA, interior de PE e PB; MA, norte do PI e CE. Localmente, as instabilidades devem trazer acumulados acima dos 40 mm no decorrer do período. Esta quarta-feira terá temperaturas significativamente menores do que as registradas nos dias anteriores, com exceção apenas de áreas em SE e AL. 

Região Centro-Oeste: Corredores de umidade ao norte e massa de ar seco no MS

As alterações no tempo vão acontecer ao sul da região, com o avanço de uma massa de ar mais quente e seco, a partir dos países vizinhos. Isso reduz as condições de chuvas no MS, sul de MT e sul de GO, mesmo que ainda seja possível o registro de pancadas isoladas e passageiras. Paralelamente, áreas da faixa central de MT e norte de GO seguem com o registro de chuvas intensas e frequentes, resultando também em temperaturas abaixo dos 30°C no período da tarde. Essas chuvas recorrentes estão afetando as operações de colheita, mas sem grandes impactos no andamento geral. 

Região Sudeste: Atenção para chuvas intensas no ES; calor no oeste Paulista

Os corredores de umidade associados à tempestade tropical no oceano, garantem as condições de chuvas volumosas sobre o norte de MG, ES e Vale do Paraíba. São esperadas precipitações acima dos 60 mm em áreas do ES e acima dos 40 mm em setores do norte de MG. Essa grande presença de nebulosidade, principalmente, no período da tarde, mantém os termômetros abaixo dos 30°C no estado Mineiro. Por outro lado, uma massa de ar seco e quente avança de forma mais expressiva no oeste de SP, resultando em uma maior irregularidade das chuvas e aumento nas temperaturas. As atenções na região, seguem com o monitoramento fitossanitário, em função das chuvas mais frequentes.

Região Sul: Calor ganha espaço e chuvas são deslocadas

As instabilidade perdem intensidade na região, ainda assim as chuvas acontecem sobre SC e PR, embora apresentem uma grande irregularidade. Já no estado do RS, a condição de tempo firme deve ser ainda maior. Além disso, as temperaturas entram em elevação em todo o estado gaúcho, mas com destaque para áreas do sudoeste. Essa combinação de tempo seco e temperaturas elevadas vem aumentando a demanda hídrica das lavouras ao sul da região.

Fonte: Agrolink.

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