A colheita da safra de soja 2017/2018 começou em alguns municípios de forma pontual há duas semanas, principalmente no Mato Grosso. Em Lucas do Rio Verde (MT), a partir da segunda-feira (15/01), a maioria das colheitadeiras deve começar a trabalhar. De acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento, o Brasil pode produzir 110,4 milhões de toneladas nesta temporada. “As chuvas foram ótimas para o desenvolvimento das lavouras. Eu estou ansioso para chegar a 60 sacas por hectare neste ano”, diz o produtor Gilberto Eberhardt, que plantou 510 hectares de soja na Fazenda Recanto, localizada no município mato-grossense. Lá, a colheita está marcada para começar na terça-feira (16/01).
Apesar do atraso de mais ou menos 15 dias no início do plantio, as lavouras da região estão em ótimas condições. “Para quem já iniciou a colheita, o resultado está no mesmo patamar do ano passado”, conta Eberhardt. O produtor está otimista para concluir a safra, mas tem duas preocupações: as chuvas e os preços considerados baixos para a soja nesta temporada. “A tendência é de chuva para colheita e isso preocupa porque pode tirar produtividade das lavouras”, diz Eberhardt. Já em relações aos preços da soja, ele conta que vendeu 35% da safra e que as cotações devem ter recuo médio de R$ 5 por saca nesta safra.
Safra de soja no Paraná
No Paraná, o produtor José Antônio Borghi, que também é presidente do Sindicato Rural de Maringá (PR), conta que os produtores paranaenses também estão otimistas com a safra de soja 2017/2018. A colheita está prevista para começar em até 45 dias nessa região, no final de fevereiro ou no começo de março.
De acordo com Borghi, as lavouras estão bastante semelhantes ao observado na temporada anterior. Nesta safra, ele manteve a área do ano passado e cultivou 500 hectares de soja na Fazenda Marajó, que deve estar pronta para a colheita só a partir de fevereiro. “A situação está boa, as lavouras estão em condições normais e a perspectiva de produção também é boa”, conta o produtor.
Para que as lavouras de soja da região continuem se desenvolvendo bem, ele conta que é necessário manter a umidade do solo por mais 30 dias. De acordo com a previsão do tempo, isso deve ocorrer, já que as chuvas devem continuar no Paraná até o fim do mês de janeiro. “Tem chovido com certo exagero, mais do que o normal para o período, mas isso não é de todo mal. Tivemos dificuldade em relação aos tratamentos fitossanitários, mas de qualquer maneira o saldo [da safra de soja] é positivo”, conta Borghi.
Chuvas podem atrapalhar a colheita
Assim como relatou o produtor de Lucas do Rio Verde (MT), a possibilidade de grandes volumes de chuvas no período da colheita também preocupa os sojicultores do Paraná. De acordo com Borghi, se as precipitações chegarem de forma inesperada, elas podem causar dificuldades e prejudicar a colheita.
Segundo Borghi, a produtividade esperada na Fazenda Marajó é de 70 sacas por hectare “Em função de bastante chuva e tempo nublado, provavelmente o ciclo [da soja] vai se alongar um pouco”, conta o produtor. Nessas condições, os produtores já estão preparados para um leve atraso no plantio da segunda safra. “Mas nada que desmotive o pessoal”, diz o produtor.
Fonte: Sfagro
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