06
out
2010
Soja transgênica tem a semente mais cara
As estimativas de custo consideram dois sistemas de produção. Os da soja convencional foram estimados em R$ 1.187,60 e da soja transgênica (RR) em R$ 1.219,86. As despesas com a soja geneticamente modificada é maior porque a semente transgênica é mais cara, além do pagamento da taxa (royaltie) sobre a semente que é de R$ 0,30 por quilo.
Richetti explicou que, dentre as operações agrícolas destaca-se a do plantio que corresponde a 44,6% na soja convencional e 47,2% do custo de produção na transgênica. Esta operação engloba a semente, o tratamento da semente, inoculação, adubo, micronutriente e hora/máquina. "Este percentual indica que o produtor deve dar atenção especial a esta operação, pois a semeadura realizada de forma errada ou em época desfavorável poderá acarretar prejuízos enormes", alertou o economista.
Individualmente, os itens que mais oneram o custo de produção são fertilizantes, sementes, fungicidas e herbicidas. Os fertilizantes que na safra passada representavam, em média, 23,7% do custo total, nesta safra têm um impacto médio de 23,3%, indicando a sua estabilidade no preço.
As sementes também apresentaram redução de sua participação no custo. Na safra passada, o custo da semente convencional representava 9,6%, enquanto na safra 2010/2011 caiu para 7,9%. Já a semente da transgênica diminuiu sua participação, sendo de 12,4% em 2009/2010 e de 11,3% em 2010/11. Neste cálculo não foi levado em consideração o royatie cobrado sobre a semente RR, que representou 1,6% do custo total.
Outros insumos
Os fungicidas que na safra passada representavam, em média, 5,9% do custo total, nesta safra têm um impacto médio de 5,5%. Já os inseticidas mantiveram sua participação estável em 2,1%. Os herbicidas que na safra anterior representavam 6,3% do custo total na soja convencional reduziram sua participação para 5,2% na safra 2010/2011. Na soja transgênica, os herbicidas reduziram ainda mais sua participação, passando de 5,4% para 2,8% na safra 2010/2011.
Rendimento
Ainda de acordo com o levantamento de Richetti, a produtividade média esperada, conforme os sistemas de produção praticados no Estado, é de 3.000 quilos/ha, resultando em um custo variável médio por saca, de R$ 16,26 e total médio de R$ 23,75 para a soja convencional e de R$ 16,97 e de R$ 24,40 para a transgênica.
Foram analisados diversos cenários de preços para comercialização da soja na próxima safra, ficando estabelecido que o preço base fosse estimado em R$ 30 por saca. A partir deste patamar, haveria alterações de 5%,10% e 20% a mais e 5% a menos, tanto para a soja convencional quanto para a soja transgênica. Desta forma, a margem líquida para o produtor oscilaria entre R$ 237,40 a R$ 612,40 por hectare de soja convencional e na soja transgênica ficaria entre R$ 205,14 e R$ 580,14.
A produção de cobertura, que indica a quantidade produzida para cobrir todos os custos na soja convencional, variou entre 33 sacas/ha, quando o aumento do preço da saca de soja foi de 20% a mais, a 41,7 sacas quando o preço foi reduzido em 5%. Na soja transgênica, esses valores foram, respectivamente, de 33,9 a 42,8 sacas/ha.
"Na presente safra, embora o preço estimado para a saca de soja seja baixo, a margem líquida do produtor é altamente positiva", afirmou Alceu Richetti. Mas, cabe ao produtor tomar a decisão de cultivar soja convencional ou transgênica. Mas, mencionou que produzir soja convencional é mais barato e algumas cerealistas e trandings fornecem bônus na compra de grãos convencionais, em geral exportados para paises europeus.
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Richetti explicou que, dentre as operações agrícolas destaca-se a do plantio que corresponde a 44,6% na soja convencional e 47,2% do custo de produção na transgênica. Esta operação engloba a semente, o tratamento da semente, inoculação, adubo, micronutriente e hora/máquina. "Este percentual indica que o produtor deve dar atenção especial a esta operação, pois a semeadura realizada de forma errada ou em época desfavorável poderá acarretar prejuízos enormes", alertou o economista.
Individualmente, os itens que mais oneram o custo de produção são fertilizantes, sementes, fungicidas e herbicidas. Os fertilizantes que na safra passada representavam, em média, 23,7% do custo total, nesta safra têm um impacto médio de 23,3%, indicando a sua estabilidade no preço.
As sementes também apresentaram redução de sua participação no custo. Na safra passada, o custo da semente convencional representava 9,6%, enquanto na safra 2010/2011 caiu para 7,9%. Já a semente da transgênica diminuiu sua participação, sendo de 12,4% em 2009/2010 e de 11,3% em 2010/11. Neste cálculo não foi levado em consideração o royatie cobrado sobre a semente RR, que representou 1,6% do custo total.
Outros insumos
Os fungicidas que na safra passada representavam, em média, 5,9% do custo total, nesta safra têm um impacto médio de 5,5%. Já os inseticidas mantiveram sua participação estável em 2,1%. Os herbicidas que na safra anterior representavam 6,3% do custo total na soja convencional reduziram sua participação para 5,2% na safra 2010/2011. Na soja transgênica, os herbicidas reduziram ainda mais sua participação, passando de 5,4% para 2,8% na safra 2010/2011.
Rendimento
Ainda de acordo com o levantamento de Richetti, a produtividade média esperada, conforme os sistemas de produção praticados no Estado, é de 3.000 quilos/ha, resultando em um custo variável médio por saca, de R$ 16,26 e total médio de R$ 23,75 para a soja convencional e de R$ 16,97 e de R$ 24,40 para a transgênica.
Foram analisados diversos cenários de preços para comercialização da soja na próxima safra, ficando estabelecido que o preço base fosse estimado em R$ 30 por saca. A partir deste patamar, haveria alterações de 5%,10% e 20% a mais e 5% a menos, tanto para a soja convencional quanto para a soja transgênica. Desta forma, a margem líquida para o produtor oscilaria entre R$ 237,40 a R$ 612,40 por hectare de soja convencional e na soja transgênica ficaria entre R$ 205,14 e R$ 580,14.
A produção de cobertura, que indica a quantidade produzida para cobrir todos os custos na soja convencional, variou entre 33 sacas/ha, quando o aumento do preço da saca de soja foi de 20% a mais, a 41,7 sacas quando o preço foi reduzido em 5%. Na soja transgênica, esses valores foram, respectivamente, de 33,9 a 42,8 sacas/ha.
"Na presente safra, embora o preço estimado para a saca de soja seja baixo, a margem líquida do produtor é altamente positiva", afirmou Alceu Richetti. Mas, cabe ao produtor tomar a decisão de cultivar soja convencional ou transgênica. Mas, mencionou que produzir soja convencional é mais barato e algumas cerealistas e trandings fornecem bônus na compra de grãos convencionais, em geral exportados para paises europeus.