10
jan
2014
Soja safrinha ganha espaço nas lavouras do sul paulista
Oleaginosa tira o milho de cena e deve ocupar o dobro da área que foi utilizada em períodos anteriores. Promessa é de safra recorde, assim como na safra de verão

Com preços muito mais atraentes e mercado futuro promissor, a soja passou a ser a principal opção, tanto na safra de verão quanto na safrinha,para a maioria dos agricultores da região Sudoeste Paulista.

De acordo com dados da Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada (Cati), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o aumento de área plantada na região de Itapeva será de mais de 60%. “Em 2013 a soja safrinha ocupou cerca de 15 mil hectares. Este ano pode passar de 25 mil hectares”, estima o engenheiro agrônomo Vandir Daniel da Silva.

Vandir explica que, mesmo com os riscos e custos aumentados devido à necessidade de maior investimento contra pragas e doenças, a soja ainda é a melhor opção na hora da comercialização. “Embora o custo seja maior e a produtividade caia um pouco, a soja está em um ótimo momento. Não haverá prejuízo financeiro”, afirma Vandir.

Soja sobre soja – Quem apostou na soja no verão, também pode entrar com a cultura na safrinha. Porém, Vandir explica que essa combinação pode ser arriscada, a menos que o histórico da propriedade esteja dentro das técnicas corretas de rotação de cultura. “O agricultor que sempre fez a rotação de cultura de forma correta pode apostar em soja sobre soja. Mas vale lembrar que essa prática é agronomicamente incorreta e não é recomendada”, explica o agrônomo.

Riscos – Não é apenas a lagarta Helicoverpa armígera a preocupação dos sojicultores da região. De acordo com o agricultor e técnico José Eduardo Amadeu, a incidência de outras pragas mais comuns também pode colocar em risco o bom desenvolvimento da cultura. “Além das lagartas, existem varias outras pragas importantes que podem comprometer a produtividade e consequentemente a lucratividade da lavoura. Os percevejos e a mosca branca podem ser até mais agressivos neste período de safrinha do que a Helicoverpa”, explica José Eduardo. Os investimentos em inseticidas e fungicidas podem aumentar em até 50% os custos da lavoura.

José Eduardo afirma ainda que para obter bons resultados de produtividade durante a safrinha, o agricultor não pode abrir mão de uma nutrição balanceada. “O mercado possui hoje produtos de alta tecnologia que, com doses menores, consegue corrigir mais rapidamente a deficiência nutricional das plantas, além de trazer resultados mais rápidos, mais econômicos para oagricultor e com menor impacto ambiental”, destaca.

Nutrição – O engenheiro agrônomo Ricardo Werneck, supervisor da empresa Nutriceler, com sede em Itapeva, explica que ao optar por soja sobre soja, a possibilidade de maior ataque de pragas e doenças é aumentada. “Nestas condições é muito importante que a cultura esteja em seu melhor equilíbrio nutricional para suportar as condições de stress que serão comuns nos plantios tardios. A Nutriceler possui soluções que podem garantir este equilíbrio, desde a emergência até o enchimento de grãos, usando produtos de alta tecnologia como o Maxifós, Como Kelp, Metalosate Manganês, Koringa, Coron, entre outros, afirma.

Milho garantido – Apesar da atenção estar voltada para a soja, o país não corre risco de ficar com baixas de estoque de milho. A cultura é a segunda mais produzida no estado do Mato Grosso, principal produtor e responsável pelo abastecimento nacional do grão.


Fonte: Agrolink com informações de assessoria

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