As principais posições da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quarta-feira (24) do lado negativo da tabela. Os contratos da commodity fecharam em queda pelo segundo dia seguido e registraram desvalorizações entre 3,50 e 8,25 pontos, porém, mantiveram o patamar de US$ 10,00 por bushel. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 10,30 por bushel, enquanto o novembro/16 era negociado a US$ 10,05 por bushel.
"O mercado passa por um período de poucos negócios, sem pressão forte da demanda. Então o que pesa são as boas condições da safra americana. Tivemos algumas inundações no Sul do cinturão produtor dos EUA, mas são perdas pontuais, que não devem interferir em uma safra recorde", explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Para essa temporada, a perspectiva é que sejam colhidas cerca de 110 milhões de toneladas de soja no país devido ao clima favorável ao longo do desenvolvimento da cultura. "Mas poderemos chegar até 112 milhões de toneladas de soja. E com a chegada dessa safra no mercado, os preços tendem a operar próximos de US$ 9,80 a US$ 9,90 por bushel, ainda assim, temos encontrado um bom suporte no nível dos US$ 10,00 por bushel", afirma.
Paralelamente, a demanda continua a ser um fator importante na composição dos preços. "Há um crescimento na demanda no setor de ração, óleo de soja para biodiesel, o que acaba dando sustentação aos preços", ressalta Brandalizze.
Crop Tour Pro Farmer
No caso de Nebraska, a contagem de vagens está em 1.223,07 por amostragem, O que, segundo o site Pro Farmer, representa um aumento de 0,2% em relação ao ano anterior. Já a produtividade média das lavouras poderá ficar próxima de 65,77 sacas por hectare.
Em Indiana, o cenário é ainda mais positivo, uma vez que a contagem das vagens está em 1.178,41 por amostragem. Um crescimento de 7,8% em comparação com o ano passado, ainda conforme considerações dos sites internacionais. O rendimento médio deverá ficar próximo de 62,37 sacas de soja por hectare.
Ainda ontem, o tour trouxe números para Ohio e em torno de 1.055 vagens por amostragem, número abaixo do registrado em igual período do ano passado, de 1.125,3 vagens por amostragem. Já a média dos últimos três anos é de 1.250,4 vagens por amostragem. Já em Dakota do Sul, o número ficou em 970,6 vagens por amostragem. A média do ano anterior é de 1.055 vagens por amostragem.
Mercado brasileiro
A quarta-feira (24) foi de ligeira movimentação aos preços da soja praticados no mercado interno. Em Mato Grosso, nas praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, os preços subiram 1,37% e a saca finalizou o dia a R$ 74,00. Em Ponta Grossa (PR), o ganho ficou em 1,25%, com a saca a R$ 81,00.
Na região de Não-me-toque (RS), a cotação apresentou alta de 0,71% e encerrou o dia a R$ 70,50. Em Panambi (RS), o ganho foi de 0,68%, com a saca a R$ 71,52. Na região de Jataí (GO), o preço subiu 0,30% e terminou o dia a R$ 66,20 a saca. Já no Paraná, os preços caíram em Ubiratã, Londrina e Cascavel, cerca de 0,71%, com a saca da oleaginosa a R$ 70,00.
Nos portos, os preços também recuaram hoje. Em Paranaguá, o valor disponível caiu 0,59% e fechou o dia a R$ 84,00 a saca, o preço futuro ficou em R$ 80,00, com queda de 1,23%. No terminal de Rio Grande, o disponível caiu 1,09% e encerrou o dia a R$ 81,50. O preço futuro ficou em R$ 80,30 a saca, com perda de 0,86%.
"Hoje, tivemos alguns negócios, mas são bem pontuais. Quem tem soja está aguardando e aposta que irá faltar o grão mais adiante no mercado nacional. As exportações já estão recuando, então esse produto disponível irá ser destinado ao mercado doméstico, que permanece com a demanda aquecida", finaliza Brandalizze.
Fonte: Notícias Agrícolas
Volte para a Listagem