Os futuros da soja trabalharam em forte e expressiva alta na sessão diurna desta sexta-feira na Bolsa de Chicago, encerrando com ganhos de mais de 30 pontos.
O clima na América do Sul, a aquecida demanda chinesa e a atuação dos fundos especulativos têm trabalhado como fatores de suporte para os preços.
A soja pode estender seus ganhos e alcançar ainda uma nova máxima em 15 dias com as condições adversas do clima – a seca podendo prejudicar a produção no Brasil e na Argentina, e o frio a safra na China, maior consumidor mundial da oleaginosa. As informações são da Godrej International Ltd, uma das maiores compradoras de óleo de cozinha.
Segundo o diretor da Godrej, Dorab Mistry, afirmou que os preços podem ficar entre US$11,50 e US$12 por bushel até dezembro. As cotações da soja subiram 21% desde o dia 30 de junho na Bolsa de Chicago com a preocupação sobre o atraso do plantio na Argentina e no Brasil, os maiores exportadores depois dos Estados Unidos, por conta da estiagem.
Além do clima, a demanda aquecida também trabalha como fator de sustentação para a commodity. Esta semana a China comprou 741 mil toneladas de soja dos EUA, de acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
“A soja pode aumentar ainda mais caso o impacto do La Niña no Brasil e na Argentina prejudique a produção. O apetite chinês também é um fator chave para o direcionamento do mercado, estimulando a tendência de alta dos preços”, disse Mistry.
No fechamento, o novembro ficou em US$11,26, com alta de 32,50 cents e o maio, referência para safra brasileira, a US$11,44, ganhando 30,50 cents.
Assim como a oleaginosa,o milho também subiu bastante na CBOT e encerrou a semana com forte alta de mais de 20 pontos. Os preços estão sendo impulsionados pela queda de produtividade nas lavouras norte-americanas e pela especulação de estoques globais apertados.
O vencimento dezembro fechou em US$5,21/bushel, com avanço de 22,50 cents e o maio a US$5,39, subindo 21,50 cents.
Fonte: Notícias Agrícola
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