Os futuros da soja intensificaram suas baixas registradas na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (14) e, por volta das 11h50 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa perdiam mais de 12 pontos, com os principais vencimentos operando na casa dos US$ 9,20 por bushel. A semana tem sido agitada e marcada por intensa volatilidade.
No Brasil, o cenário não é diferente para os preços. Com uma nova queda do dólar - que no mesmo momento perdia 1,14% e era negociado a R$ 3,472, após superar os R$ 3,50 na sessão anterior - os valores para a soja disponível e da nova safra também perdiam força.
No terminal de Paranaguá, o produto disponível, nesta sexta, era cotado a R$ 76,00 por saca, enquanto o futuro valia R$ 77,00. Em Rio Grande, esses valores eram de, respectivamente, R$ 77,10 e R$ 77,40 por saca. Os negócios, desde o início dessa desvalorização das cotações após a chegada do último reporte de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na quarta-feira (12), vêm perdendo o ritmo no Brasil, com os vendedores se retirando do mercado e aguardando por melhores oportunidades.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago, novos e intensos movimentos de vendas de posições por parte dos fundos de investimento voltaram a ser observados, como relata o analista internacional Bryce Knorr, do portal Farm Futures.
Se de um lado, os últimos números do USDA pressionaram severamente o mercado e forçaram os traders a buscar um ajuste para suas posições, o foco dos negócios se divide, ainda segundo Knorr, com a demanda pela soja da safra velha dos Estados Unidos, a qual ainda se mantém forte e dando algum suporte para as cotações, bem como os estoques finais da temporada 2014/15 do país mais ajustados.
Entretanto, complementando o quadro de pressão para os preços há as informações sobre o clima nos Estados Unidos e as últimas previsões são favoráveis. De acordo com informações do portal DTN, os próximos cinco dias serão de chuvas benéficas para as lavouras de soja em estágio de enchimento de grãos. Mais chuvas, porém, são necessárias na região leste do Meio-Oeste, onde as lavouras estão com suas raízes mais superficiais. As previsões para essa localidade, porém, mostram apenas precipitações limitadas na próxima semana.
Fonte: Notícias Agrícolas
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