Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago caíram nesta sexta-feira em meio a preocupações com os negócios de exportações dos Estados Unidos, à medida que o real se enfraqueceu e tornou os suprimentos do Brasil mais competitivos para compradores como a China, disseram operadores. A soja para janeiro fechou em queda de 12,50 centavos de dólar, a 9,8675 dólares por bushel, recuando da máxima de mais de uma semana de 10,50 dólares na quinta-feira.
Na semana, o contrato ficou quase inalterado, ganhando 0,25 centavo de dólar. “O real fraco nos traz preocupações sobre os nossos negócios de exportação”, disse Ted Seifried, chefe de estratégia na Zaner Ag Hedge.
O Brasil, maior exportador global de soja, deve ganhar uma fatia maior nas importações chinesas da oleaginosa nos próximos meses, afetando os exportadores norte-americanos bem no pico do ano comercial para sua commodity mais valiosa, enquanto o mundo lida com a quinta temporada seguida de ampla produção. A China espera comprar cerca de 5 milhões de toneladas de soja do Brasil no quarto trimestre de 2017, segundo duas fontes de comércio, o dobro ante as 2,49 milhões de toneladas de igual período do ano passado.
Na última quarta-feira, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que representa exportadores do Brasil, revisou para cima sua expectativa de exportação de soja do país em 2017 para um recorde de 66 milhões de toneladas, após exportações de 2,7 milhões de toneladas em outubro, o maior volume já registrado para o mês. Já os contratos futuros do milho encerraram em baixa, seguindo a fraqueza da soja e também devido à maior competitividade brasileira no mercado do cereal. O contrato dezembro perdeu 2,25 centavos, a 3,4825 dólares por bushel. O Brasil é o segundo maior exportador de milho, após os EUA. O contrato dezembro do trigo fechou em leve baixa de 0,25 centavo em Chicago, a 4,2575 dólares por bushel.
Fonte: Reuters
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