Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que a balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 2,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. O resultado foi puxado pelo saldo positivo de US$ 4,5 bilhões do mês de junho, valor 92,8% superior ao alcançado no mesmo período de 2014 (US$ 2,4 bilhões). E o agronegócio tem contribuído de forma decisiva para esse resultado. Houve aumento dos embarques de soja em grãos, produto que registrou o maior valor de exportação brasileira no acumulado do ano, US$ 12,5 bilhões.
Desde março, o saldo acumulado da balança comercial tem sido positivo. Essa é, também, a primeira vez, desde 2012, que o país apresenta superávit comercial no primeiro semestre. O desempenho da balança tem sido influenciado por uma queda de 18,5% nas importações, que alcançou US$ 92,1 bilhões, enquanto as vendas externas somaram US$ 94,3 bilhões.
Os principais destinos das exportações foram China, US$ 18,4 bilhões, União Europeia, US$ 17 bilhões, EUA, US$ 12 bilhões e Mercosul, US$ 10,4 bilhões. Ao contrário dos principais destinos, os EUA ganharam participação nas exportações brasileiras, em relação ao mesmo período do ano passado.
Dentre os produtos do agronegócio que tiveram desempenho positivo no primeiro semestre de 2015 estão os laminados planos. As vendas externas desse produto alcançaram US$ 881 milhões, com crescimento de 61,6%. Os laminados planos são frequentemente utilizados pelo setor de construção civil e de movelaria.
Já as vendas de algodão em bruto cresceram 38% no primeiro semestre de 2015, somando US$ 379 milhões em exportações. A desvalorização do real, combinada à valorização do preço do algodão, permitiu a venda dos estoques brasileiros. Entre janeiro e junho o indicador de preços do algodão, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), apresentou valorização de 26,1%.
Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) indicam que a produção brasileira de algodão deverá ser de 2,3 milhões de toneladas na safra 2014/15, volume 13% menor que o da safra anterior. Devido a estoques mundiais elevados e pressão nas cotações domésticas e internacionais, durante decisão sobre o plantio da safra 2014/2015 de algodão, estima-se uma retração de 12,8% da área plantada.
Fonte: Cultivar
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