A comercialização da safra 2020/21 da soja brasileira avançou pouco no mês de março, atingindo 66,6% da produção esperada até o último dia 2 de abril, de acordo com o que informou a consultoria DATAGRO. Esse número é ainda acima dos 62,5% do levantamento anterior e abaixo dos 71,5% da safra passada, mas ainda bem acima da média de 57,1% de 5 anos para o período.
“O movimento confirmou nossa expectativa, pois apesar da melhora dos preços sobre fevereiro na maior parte das praças, os produtores não se sentiram motivados a entrar no mercado devido às preocupações direcionadas à colheita e ao próprio volume já excessivamente vendido”, destaca o coordenador de Grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Junior.
Tomando como base a previsão atual de produção da safra 2021, ajustada neste último mês para 135,48 milhões de toneladas, os produtores brasileiros têm um total compromissado de 90,27 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava um pouco maior, tanto em termos nominais quanto absolutos, chegando a 91,66 milhões de toneladas.
Ainda segundo a DATAGRO, os sojicultores brasileiros chegaram a 12,8% de comprometimento comercial da safra 2021/22, muito acima dos 7,4% da média dos últimos 5 anos, mas bem inferior aos 19,9% do recorde anterior ocorrido em igual momento de 2020. “De acordo projeção preliminar da consultoria, que considera área maior em 2,9%, clima razoavelmente regular e produtividade dentro da normalidade, a safra brasileira do próximo ano tem potencial para atingir 141,17 mi de t, sendo assim, teríamos 18,03 mi de t comercializadas antecipadamente, volume bem inferior aos 26,96 mi t desta mesma época em 2020”, completa a Datagro
Fonte: Agrolink
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