A segunda-feira (12/12) iniciou com uma baixa generalizada nos preços de quase todas as commodities. Os futuros do farelo de soja também iniciaram a semana cedendo fortemente e ajudando a pressão sob o grão. Além do acompanhamento da perda das demais commodities outro fator dessa pressão pode ser devido a incidência de algumas precipitações registradas na Argentina. Mesmo que em baixa quantidade e má-distribuídas, essas precipitações no fim de semana foram importantes para regiões que estavam sofrendo muito com a seca.
Após encerrar a segunda feira, com uma queda maior que 20 pontos, o mercado da soja iniciou a terça-feira (13/12) subindo na Bolsa de Chicago. Além dessas altas também serem registradas no óleo e farelo o que força a subida de preços do grão, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) iniciou a terça publicando uma nova venda de 140 mil toneladas para a safra 2023/24, o que pode ter corroborado para o mercado ao longo do dia intensificar as altas e se aproximar de US$ 15,00 por bushel. Depois de finalizar a terça perto dos US$ 15,00 por bushel, o mercado operou na quarta feira devolvendo parte dos ganhos registrados anteriormente e operando o resto do dia com estabilidade.
É notório que a semana tem sido bastante volátil e muito voltada para as variações climáticas apresentadas na América do Sul, com foco na Argentina. Os traders seguem atentos às previsões climáticas, que apresentam chuvas para os próximos dias.
Durante a quinta-feira (15/12) o mercado seguiu operando com estabilidade. Já na sexta-feira (16/12) o mercado da soja na Bolsa de Chicago apresentou leves baixas e se manteve estável durante o dia.
O foco ao longo da semana se manteve o mesmo: tendências climáticas na América do Sul, medidas de contenção do COVID na China e o comportamento da demanda. Há necessidade de novas notícias para que defina sua direção.
Produção no Brasil
O Mato Grosso aumentará sua safra 2022/23 em 49,4% quando comparada à safra de 2021/22, tornando-se a maior produção estadual da oleaginosa. A boa notícia é que os cultivos vêm apresentando bom desenvolvimento. De acordo com a fundação MT, esse ano as lavouras apresentaram baixa incidência de doenças, tendo mais de 20% das lavouras caminhando para fase reprodutiva.
No Paraná, a safra 2022/23 apresenta a melhor avaliação comparando com os últimos quatro anos. Quando comparado com 2021/22, ano de intensa seca no estado, o Paraná apresenta potencial para altas de até 70%. De acordo com especialistas, a safra caminha regular em relação às condições climáticas e ao desenvolvimento das plantas.
Já no Rio Grande do Sul, o clima quente e seco vem impactando as condições de desenvolvimento das lavouras de soja. Em grande parte do Estado, os efeitos do La Niña prejudicaram drasticamente a implantação e o desenvolvimento da cultura, ocasionando atrasos nos plantios e desenvolvimento da cultura.
Fonte: Grupo Cultivar
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