De acordo com novo acompanhamento divulgado pela consultoria AgRural, a semana entre 17 e 21 de outubro – que havia começado preocupações em torno do aumento das temperaturas, algo que poderia complicar a situação das lavouras de soja já semeadas em áreas mais secas do Centro-Oeste – fechou com o retorno das chuvas ao Cerrado, imprimindo mais uma vez ritmo forte no plantio da safra 2016/17. O Brasil elevou para 29% a superfície semeada, ante 18% uma semana antes, 20% no ano passado e 29% na média de cinco anos.

A AgRural estima a área brasileira de soja em 33,5 milhões de hectares, com aumento anual de 0,8%. A produção potencial é calculada em 100,6 milhões de toneladas (+5,4%). Uma nova revisão dos números será divulgada no próximo dia 28.

O Paraná segue na frente, com 51% de sua área já plantada. Mas quem lidera a vantagem sobre o ano passado, quando houve atraso em parte do país devido à demora na regularização das chuvas, são os estados do Centro-Oeste. Em Mato Grosso, 47% da área está semeada, contra 20% no ano passado e 40% na média de cinco anos.

Com plantio em 29%, Goiás está alinhado com os 27% da média de cinco anos, mas abriu grande vantagem sobre os 6% da safra passada. Em Mato Grosso do Sul, as chuvas registradas nesta semana levaram alívio aos produtores, mas a combinação de baixos volumes e má distribuição ainda preocupa em algumas áreas e pode haver necessidade pontual de replantio. O mesmo vale para áreas do norte do Paraná. Outro estado que também está seco é Minas Gerais. Mas, como o calendário mineiro é mais tardio, a semeadura está bem no início e não há grandes temores por enquanto, até porque há bons volumes de chuva previstos para os próximos dias.

No Rio Grande do Sul, o plantio da soja ainda está no início e não chega a 1% da área. O excesso de chuva nesta semana prejudicou os trabalhos, mas as precipitações já diminuíram. Bahia e Tocantins também já deram início ao plantio, mas apenas em áreas pontuais, pois ainda é cedo para a regularização das chuvas nesses estados.