11
jan
2011
Soja, campeã da década
Período de ouro só confirmou ao mundo aquilo que produtores já sabiam: o grão é, sem dúvida alguma, a grande vocação de MT
Quem plantou soja na última década se deu bem. Favorecidos pelo bom clima no Estado, terras férteis e regime de chuvas bem definido o ano inteiro, os sojicultores colheram no ano passado a maior safra da história, lastreada pelas boas cotações internacionais e pela confiança do mercado na soja brasileira. Para 2011, é esperado um novo recorde, tanto de produção, área plantada e principalmente, de preço.
“A década que passou foi de belíssimos avanços para o agronegócio, mas sem dúvida a soja foi a grande campeã, apesar de alguns percalços como a crise de 04/05”, analisa o diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro.
Segundo ele, a partir dessa crise o setor se organizou, foi criada a Aprosoja/MT e, por meio dela, os produtores avançaram nos grandes gargalos - endividamento, questão ambiental, trabalhista, logística, ferrugem asiática, nematóides, soja louca e muitos outros. “Ao combater essas dificuldades, o produtor pode melhorar a sua competitividade e preparar-se para novos desafios, integrado com outras culturas e elos da cadeia, como carnes, biodiesel, etc.”, salienta.
Para Favaro, a soja é sem dúvida alguma uma das grandes vocações de Mato Grosso. Ele acredita que com a implantação e integração de novos modais de transporte, os mato-grossenses serão certamente os produtores mais eficientes e competitivos do mundo.
“A soja foi a âncora da nossa economia na última década e continuará sendo a vedete do agronegócio brasileiro. O futuro é realmente promissor e o Estado ainda tem muito a ganhar com a soja nos próximos anos”, afirma o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira.
Em 10 anos, a oleaginosa mato-grossense deu um extraordinário salto em termos de avanço tecnológico, produção e produtividade e se tornou líder na oferta nacional. Na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado saiu de uma safra de 9,64 milhões de toneladas, em 2001, para 16,70 milhões de toneladas em 2005 e, 18,78 milhões de toneladas, no ano passado. Em 2011, estima-se que a produção poderá ultrapassar a 19 milhões de toneladas, um novo recorde.
A produtividade, que em 2001 era de 45 sacas por hectares, atualmente são 55 sacas, em média, chegando até a 70 sacas, de acordo com a variedade utilizada em algumas regiões do Estado.
A CADEIA - Não por acaso, nos últimos anos as principais regiões produtoras de soja no Estado, especialmente a médio norte, passaram a atrair também novas esmagadoras, fábricas de ração, usinas de biodiesel e grandes projetos de criação de aves e suínos.
Fávaro lembra que, em relação à produtividade, a pesquisa possibilitou a Mato Grosso, mesmo com as restrições ambientais que impediram a abertura de novas áreas, tomar a dianteira na produção brasileira. “Com relação a preços, tivemos momentos de euforia – primeiro semestre de 2004 - que acabaram levando o setor a endividar-se. Posteriormente passamos anos difíceis, até 2008, quando o mercado internacional alcançou patamares recordes, trazendo para 2009 renda e estabilidade ao setor. Esses bons preços voltaram a acontecer no final de 2010 e agora a sojicultura vive o seu segundo melhor momento”.
Para o agrônomo e consultor Agmar Lima, plantar soja, em Mato Grosso, continuará sendo um grande negócio, apesar dos custos de produção ainda elevados. Mas, na opinião dele, este problema está sendo resolvido por muitos produtores, que decidiram formar grandes grupos, como o Vanguarda, Amaggi, Bom Futuro, SLC e tantos outros. “Foi possível resolver o problema do custo, transformando-se em mega-grupos”, enfatizou.
RIQUEZA – A pujança se traduz em riqueza. Dos 141 municípios que formam o Estado, dez deles concentram mais de 50% de toda a riqueza produzida, economicamente chamada de Produto Interno Bruto (PIB). Conforme números do IBGE, referentes ao exercício 2008, metade dos R$ 53 bilhões que formam o PIB mato-grossense, pouco mais de R$ 27,71 bilhões estão em apenas dez cidades, das quais apenas três não têm dependência exclusiva da atividade primária, a agropecuária.
Quem plantou soja na última década se deu bem. Favorecidos pelo bom clima no Estado, terras férteis e regime de chuvas bem definido o ano inteiro, os sojicultores colheram no ano passado a maior safra da história, lastreada pelas boas cotações internacionais e pela confiança do mercado na soja brasileira. Para 2011, é esperado um novo recorde, tanto de produção, área plantada e principalmente, de preço.
“A década que passou foi de belíssimos avanços para o agronegócio, mas sem dúvida a soja foi a grande campeã, apesar de alguns percalços como a crise de 04/05”, analisa o diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro.
Segundo ele, a partir dessa crise o setor se organizou, foi criada a Aprosoja/MT e, por meio dela, os produtores avançaram nos grandes gargalos - endividamento, questão ambiental, trabalhista, logística, ferrugem asiática, nematóides, soja louca e muitos outros. “Ao combater essas dificuldades, o produtor pode melhorar a sua competitividade e preparar-se para novos desafios, integrado com outras culturas e elos da cadeia, como carnes, biodiesel, etc.”, salienta.
Para Favaro, a soja é sem dúvida alguma uma das grandes vocações de Mato Grosso. Ele acredita que com a implantação e integração de novos modais de transporte, os mato-grossenses serão certamente os produtores mais eficientes e competitivos do mundo.
“A soja foi a âncora da nossa economia na última década e continuará sendo a vedete do agronegócio brasileiro. O futuro é realmente promissor e o Estado ainda tem muito a ganhar com a soja nos próximos anos”, afirma o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira.
Em 10 anos, a oleaginosa mato-grossense deu um extraordinário salto em termos de avanço tecnológico, produção e produtividade e se tornou líder na oferta nacional. Na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado saiu de uma safra de 9,64 milhões de toneladas, em 2001, para 16,70 milhões de toneladas em 2005 e, 18,78 milhões de toneladas, no ano passado. Em 2011, estima-se que a produção poderá ultrapassar a 19 milhões de toneladas, um novo recorde.
A produtividade, que em 2001 era de 45 sacas por hectares, atualmente são 55 sacas, em média, chegando até a 70 sacas, de acordo com a variedade utilizada em algumas regiões do Estado.
A CADEIA - Não por acaso, nos últimos anos as principais regiões produtoras de soja no Estado, especialmente a médio norte, passaram a atrair também novas esmagadoras, fábricas de ração, usinas de biodiesel e grandes projetos de criação de aves e suínos.
Fávaro lembra que, em relação à produtividade, a pesquisa possibilitou a Mato Grosso, mesmo com as restrições ambientais que impediram a abertura de novas áreas, tomar a dianteira na produção brasileira. “Com relação a preços, tivemos momentos de euforia – primeiro semestre de 2004 - que acabaram levando o setor a endividar-se. Posteriormente passamos anos difíceis, até 2008, quando o mercado internacional alcançou patamares recordes, trazendo para 2009 renda e estabilidade ao setor. Esses bons preços voltaram a acontecer no final de 2010 e agora a sojicultura vive o seu segundo melhor momento”.
Para o agrônomo e consultor Agmar Lima, plantar soja, em Mato Grosso, continuará sendo um grande negócio, apesar dos custos de produção ainda elevados. Mas, na opinião dele, este problema está sendo resolvido por muitos produtores, que decidiram formar grandes grupos, como o Vanguarda, Amaggi, Bom Futuro, SLC e tantos outros. “Foi possível resolver o problema do custo, transformando-se em mega-grupos”, enfatizou.
RIQUEZA – A pujança se traduz em riqueza. Dos 141 municípios que formam o Estado, dez deles concentram mais de 50% de toda a riqueza produzida, economicamente chamada de Produto Interno Bruto (PIB). Conforme números do IBGE, referentes ao exercício 2008, metade dos R$ 53 bilhões que formam o PIB mato-grossense, pouco mais de R$ 27,71 bilhões estão em apenas dez cidades, das quais apenas três não têm dependência exclusiva da atividade primária, a agropecuária.
Fonte: Diário de Cuiabá