19
jun
2015
Semente de soja de qualidade é primeiro passo para sucesso da safra
Na safra de 2014/2015, o Brasil produziu 2,3 milhões de toneladas de sementes de soja, o que representa 63% de todas as sementes produzidas no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). Do total de sementes de soja, 65% são oriundas de produtores regularizados e 35% têm origem no mercado informal. A produção de sementes no Brasil será um dos temas a ser debatido durante o VII Congresso Brasileiro de Soja, que será realizado de 22 a 25 de junho, em Florianópolis (SC).
De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, José de Barros França Neto, vale ressaltar que o uso de sementes de soja de alta qualidade é fundamental para a implantação e o desenvolvimento da lavoura. Para o pesquisador, a qualidade da semente está relacionada a quatro componentes: qualidade fisiológica (sementes com altos vigor e germinação); qualidade sanitária (sementes livres de patógenos que poderão ser a fonte de doenças); qualidade genética (sementes livres de misturas com sementes de outras cultivares) e qualidade física (livre de contaminantes). "Em lavouras comerciais, têm-se observado aumento de produtividade de 10% a 12% quando usadas sementes vigorosas", revela.
Para o pesquisador Francisco Krzyzanowski, da Embrapa Soja, quando a população de plantas está abaixo da recomendada pode haver redução na produtividade da lavoura e se a cultivar semeada apresentar mistura de sementes de outras cultivares de ciclos diferentes, influirá na qualidade da matéria prima devido à desuniformidade de maturação dos grãos. "Outro aspecto relevante é a sanidade desses grãos utilizados para semeadura, podendo ser portadores de doenças que afetarão também a produtividade dessa lavoura", destaca.
Segundo França, as sementes de alto vigor, ao contrário, propiciam germinação e emergência da soja de maneira rápida e uniforme, resultando na produção de plantas com potencial produtivo elevado. "As plantas de alto desempenho apresentam uma taxa de crescimento maior, têm uma melhor estrutura de produção com um sistema radicular mais profundo e produzem um maior número de vagens e de sementes, o que resulta em maiores produtividades", conta.
Por isso, mesmo com as perspectivas de preços da soja inferiores e com aumento no custo de produção, França entende que o sojicultor não deve restringir o uso de semente de alta qualidade. "Caso as sementes utilizadas não sejam de alta qualidade (adquiridos no comércio informal), todo o investimento do produtor poderá estar comprometido, bem como o sucesso da lavoura", alerta França.
Para o pesquisador Francisco Krzyzanowski semear grãos ao invés de sementes constitui-se em risco econômico e ao mesmo tempo é um favorecimento ao comércio informal. "A indústria de sementes tem compromisso em seguir os padrões de qualidade previstos na lei de sementes. Porém, esse cuidado não é tomado no mercado informal que comercializa grãos no lugar de sementes", ressalva.
França explica que uso de sementes próprias é legalizado no Brasil desde que os procedimentos de registro dos campos de produção tenham sido realizados junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). "O importante é que o sojicultor tenha certeza de que as sementes que vai utilizar, efetivamente, tenham altos vigor e germinação", destaca.
Fonte: Embrapa
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De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja, José de Barros França Neto, vale ressaltar que o uso de sementes de soja de alta qualidade é fundamental para a implantação e o desenvolvimento da lavoura. Para o pesquisador, a qualidade da semente está relacionada a quatro componentes: qualidade fisiológica (sementes com altos vigor e germinação); qualidade sanitária (sementes livres de patógenos que poderão ser a fonte de doenças); qualidade genética (sementes livres de misturas com sementes de outras cultivares) e qualidade física (livre de contaminantes). "Em lavouras comerciais, têm-se observado aumento de produtividade de 10% a 12% quando usadas sementes vigorosas", revela.
Para o pesquisador Francisco Krzyzanowski, da Embrapa Soja, quando a população de plantas está abaixo da recomendada pode haver redução na produtividade da lavoura e se a cultivar semeada apresentar mistura de sementes de outras cultivares de ciclos diferentes, influirá na qualidade da matéria prima devido à desuniformidade de maturação dos grãos. "Outro aspecto relevante é a sanidade desses grãos utilizados para semeadura, podendo ser portadores de doenças que afetarão também a produtividade dessa lavoura", destaca.
Segundo França, as sementes de alto vigor, ao contrário, propiciam germinação e emergência da soja de maneira rápida e uniforme, resultando na produção de plantas com potencial produtivo elevado. "As plantas de alto desempenho apresentam uma taxa de crescimento maior, têm uma melhor estrutura de produção com um sistema radicular mais profundo e produzem um maior número de vagens e de sementes, o que resulta em maiores produtividades", conta.
Por isso, mesmo com as perspectivas de preços da soja inferiores e com aumento no custo de produção, França entende que o sojicultor não deve restringir o uso de semente de alta qualidade. "Caso as sementes utilizadas não sejam de alta qualidade (adquiridos no comércio informal), todo o investimento do produtor poderá estar comprometido, bem como o sucesso da lavoura", alerta França.
Para o pesquisador Francisco Krzyzanowski semear grãos ao invés de sementes constitui-se em risco econômico e ao mesmo tempo é um favorecimento ao comércio informal. "A indústria de sementes tem compromisso em seguir os padrões de qualidade previstos na lei de sementes. Porém, esse cuidado não é tomado no mercado informal que comercializa grãos no lugar de sementes", ressalva.
França explica que uso de sementes próprias é legalizado no Brasil desde que os procedimentos de registro dos campos de produção tenham sido realizados junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). "O importante é que o sojicultor tenha certeza de que as sementes que vai utilizar, efetivamente, tenham altos vigor e germinação", destaca.
Fonte: Embrapa