28
jun
2021
Semana será fria com possibilidade de neve. Saiba mais

Uma intensa massa de ar frio avançou pela Região Sul, partes do Centro-Oeste, sul da Região Norte e o Sudeste levando à queda das temperaturas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A mínima deve ficar abaixo dos 18ºC no centro e sul do país. Entre segunda-feira (28) e quarta-feira (30), o amanhecer nas serras gaúcha, catarinense e no sul do Paraná deverá ser marcado por temperaturas negativas.

A partir da tarde do dia 28/06, há previsão de neve nas regiões serranas entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além disso, na terça-feira (29) e quarta-feira (30), as condições atmosféricas serão propícias para a formação de geada (moderada a forte) em uma ampla área da Região Sul e no Mato Grosso do Sul, podendo se estender até a divisa entre São Paulo e o Paraná.

Estas condições aumentam no decorrer do dia, tendo as maiores chances de registros dos fenômenos no período da tarde desta segunda-feira (28/06). Algumas estações como a de Santiago-RS, Cruz Alta-RS, Urupema-SC e Morro da Igreja-SC registraram temperaturas de 0°C. E a tendência é que essas temperaturas continuem esfriando particularmente na serra catarinense. E é justamente por conta desse resfriamento em conjunto com a grande quantidade de umidade disponível no ar, mantida pelo ao posicionamento da frente fria sobre SC que as condições para neve e precipitações invernais são grandes. 

Os modelos de previsão do tempo do centro americano, europeu e alemão seguem mostrando essa tendência. Sendo que o modelo americano é a projeção com maior abrangência para ocorrência de neve, atingindo o norte do RS na grande região de Vacaria, além da serra catarinense e meio oeste de SC. Já os modelos do centro europeu e alemão mostram uma maior condição para chuva congelada especialmente na serra de SC e no meio oeste do estado. 

De acordo com o meteorologista Agrotempo, “Para termos a formação de neve, ou seja, o gelo caindo na forma de um floco delicado, é necessário que toda a atmosfera esteja abaixo dos 0°C. Pois durante a queda, se o floco passar por uma região acima de 0°C ele volta a ser água na forma líquida, que pode se congelar novamente mas perdendo aquele formato mais delicado”. Reforça que, “temos condições muito favoráveis para a ocorrência de precipitação de inverno e neve, ou até mesmo uma chuva com a presença de flocos de neve, especialmente entre Urubici, São Joaquim, Lages na tarde de hoje, como já ocorreu de manhã. E uma chance menor, no meio oeste entre as regiões de Xanxerê e Concórdia, no oeste do estado"

Entenda a diferença entre os tipos de precipitação invernal:

Flocos de neve: os flocos de neve consistem na forma mais conhecida e tradicional de precipitação de neve. É o cristal de gelo em forma de floco.

Grãos de neve (neve granular): precipitação na forma de partículas muito pequenas e opacas de gelo, ou equivalente à forma sólida de chuvisco.

Grãos de gelo (ice pellets ou granizo miúdo): são pelotas de gelo de 5 milímetros ou menos. Geralmente tem forma esférica.

Graupel: Partículas de neve mais pesadas, geralmente chamadas de pelotas de gelo. É muito difícil distinguir do granizo miúdo.

Chuva congelada: Chuva na forma líquida que congela após o impacto com a superfície. É necessário que as gotículas de chuva estejam super resfriadas e que a temperatura do solo se situe abaixo de zero para que se produza o congelamento.

Aguaneve (ou sleet): consiste na neve parcialmente derretida, que cai ao solo com traços de cristalização.

Sincelo: consiste em um fenômeno meteorológico que acontece em situações de nevoeiro aliado a temperaturas entre -2 °C a -8 °C. Resulta do congelamento das gotas de água, quando estas entram em contato com a superfície.

Fonte: Agrolink

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