A semana (09 a 17/01) deve ter a persistência do corredor de umidade conhecido como Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Este sistema garante altas condições de chuvas sobre a faixa central do país, onde, de acordo com a média das projeções, os volumes devem superar a marca dos 170 mm em algumas regiões.

Parte dessas chuvas estão trazendo impactos negativos nas lavouras, com relatos de alguns problemas pontuais em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Entretanto, a perspectiva de chuvas na região sul, pode amenizar a situação da estiagem, mas ainda longe de ser uma recuperação definitiva.

 

VEJA A PREVISÃO POR REGIÃO:

 

Sul

Um dos fatores que podem trazer chuvas para o Rio Grande do Sul é a passagem de uma região de baixa pressão entre os dias 13 e 15. Mesmo assim, as projeções indicam que as instabilidades terão uma distribuição irregular e poucas chuvas no sudoeste do estado – área que vem enfrentando a situação de estiagem – bem como no oeste catarinense. As instabilidades devem ser mais recorrentes sobre o leste de Santa Catarina e norte do Paraná.

 

Sudeste

No decorrer desta semana, a ZCAS – corredor de umidade – seguirá ativo sobre a região, mantendo as condições de chuvas muito elevadas em todos os dias. A expectativa é de que os maiores registros ocorram no estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, com volumes superando os 150 mm de forma abrangente. Com a persistência da ZCAS, os dias ficarão mais encobertos e as temperaturas relativamente mais baixas para a época do ano. Esse fator pode reduzir a interceptação de radiação pelas plantas e diminuir a quantidade de graus dias acumulados, potencialmente reduzindo o avanço nos estádios fenológicos. Além disso, os trabalhos em campo seguirão comprometidos devido à grande quantidade de umidade e solo encharcado.

 

Centro-Oeste

A esteira de umidade formada pela ZCAS em conjunto com outras instabilidades típicas da região e da época do ano mantém as condições de chuvas frequentes e poucas aberturas no tempo ao longo desta semana. As projeções indicam que os maiores acumulados devem se concentrar entre o sudeste do Mato Grosso e sul de Goiás, com registros que podem superar a marca dos 170 mm. O tempo fica nublado, com poucas aberturas e chuvas a qualquer momento do dia. Esta condição diminui a chegada de radiação solar na superfície e também impede o pleno trabalho à campo, devido ao solo encharcado. Pontualmente, este tempo chuvoso já traz impactos em algumas lavouras no sul de Goiás e sudeste do Mato Grosso.

 

Nordeste

As projeções indicam a maior atuação de uma massa de ar seco sobre os setores do leste da região. Algumas áreas do Agreste e parcela central da Bahia têm indicativos de chuvas abaixo dos 10 mm ao longo do periodo. Por outro lado, chove bem sobre o Maranhão, com indicativos acima dos 150 mm no decorrer desta semana. Essas chuvas mais expressivas sobre o norte da região, pode trazer algum impacto pontual sobre as lavouras, especialmente em relação aos trabalhos de campo. Nas demais regiões, de maneira geral, as condições hídricas são boas promovendo o pleno desenvolvimento das culturas.

Fonte: Agrolink

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