Segundo a última atualização do Monitor de Secas, entre novembro e dezembro de 2024, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em 14 unidades da Federação: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins. No sentido oposto, em oito estados nordestinos a seca se intensificou nesse período: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Já em outras cinco unidades da Federação o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Amapá, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul teve a condição mais branda do fenômeno em dezembro, enquanto o Norte teve a situação mais severa, registrando seca excepcional – a mais intensa na escala do Monitor. Entre novembro e dezembro, houve um abrandamento em quatro regiões: Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul. A exceção foi o Nordeste, onde o fenômeno se intensificou nesse período. Considerando a extensão da área com seca, houve redução do fenômeno no Sudeste e no Sul. Tanto no Nordeste quanto no Norte a área com seca teve um aumento. Já o Centro-Oeste seguiu com seca na totalidade de seu território.
Na comparação entre novembro e dezembro, três estados registraram o aumento da área com seca: Bahia, Rio Grande do Sul e Roraima. No sentido oposto, o Monitor verificou a diminuição da área com o fenômeno em outros cinco estados: Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Já em outras 19 unidades da Federação a área com seca se manteve estável: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Dezessete unidades da Federação registraram seca em 100% do território em dezembro deste ano: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Nas demais unidades da Federação, os percentuais variaram de 26% a 99%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de dezembro, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, entre novembro e dezembro, a área com o fenômeno se manteve no patamar de 7,85 milhões de km², o equivalente a 92% do território brasileiro.
Situação por UF
Acre
Entre maio e dezembro de 2024, a área com seca seguiu presente na totalidade do território do Acre. É a primeira vez que o estado registra seca em 100% de seu território por oito meses consecutivos desde novembro de 2022, quando o AC entrou no Mapa do Monitor. Entre novembro e dezembro a seca se abrandou no Acre com a redução da seca grave de 100% para 80% do estado. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde junho de 2024, quando houve seca grave em 44% do AC.
Alagoas
Entre novembro e dezembro, a área com seca em Alagoas se manteve em 100% de seu território. É a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por dois meses consecutivos desde o período entre janeiro e fevereiro de 2021. Alagoas registrou a intensificação do fenômeno com o crescimento da área com seca grave de 32% para 35% do estado entre novembro e dezembro. É a maior severidade da seca no território alagoano desde maio de 2019, quando houve seca grave em 40% do estado.
Amapá
Entre outubro e dezembro, a área com seca seguiu no patamar de 82% do Amapá. A severidade do fenômeno se manteve estável no Amapá entre setembro e dezembro com a seca moderada permanecendo no patamar de 3% do território amapaense. Além disso, o Amapá teve a condição mais branda de seca entre os estados do Norte em dezembro.
Amazonas
A área com seca no Amazonas seguiu em 99% do estado entre outubro e dezembro de 2024. Entre novembro e dezembro, o Amazonas teve o abrandamento da seca no estado com a redução da área com seca excepcional de 16% para 6% do território amazonense. Ainda assim, o estado teve a condição mais intensa da seca no Brasil entre todas as unidades da Federação em dezembro.
Bahia
A área com seca aumentou levemente de 91% para 97% da Bahia entre novembro e dezembro. Esse é o maior percentual de área com seca no estado desde janeiro de 2024, quando houve seca em 99% da Bahia. O fenômeno se intensificou no território baiano entre novembro e dezembro com o aumento da área com seca moderada de 21% para 34% do estado.
Ceará
A área com seca no Ceará diminuiu de 87% para 80% do estado entre novembro e dezembro. Com isso, o Ceará teve o menor percentual de área com seca do Nordeste em dezembro. A seca se intensificou no Ceará entre novembro e dezembro com o aumento da área com seca moderada de 38% para 43% do estado nesse período. É a maior severidade do fenômeno no território cearense desde janeiro de 2024, quando houve seca grave em 2% do CE.
Distrito Federal
Entre maio e dezembro de 2024, a seca seguiu presente em 100% do Distrito Federal. Desde o período entre abril e novembro de 2022, é a primeira vez que o DF registra seca na totalidade de seu território por oito meses consecutivos. A seca se manteve estável no Distrito Federal entre novembro e dezembro, com seca fraca em 100% do território em ambos os meses. Com isso, o Distrito Federal teve a melhor condição do fenômeno no Centro-Oeste em dezembro.
Espírito Santo
Entre junho e dezembro, a área com seca se manteve em 100% do Espírito Santo. É a primeira vez que o estado registra sete meses consecutivos de seca na totalidade de seu território, desde que entrou no Monitor de Secas em abril de 2019. Entre novembro e dezembro, a seca se abrandou no Espírito Santo, onde a seca moderada deixou de ser registrada. Com 100% do território capixaba com seca fraca, o estado teve a melhor condição do fenômeno desde junho de 2024, quando a seca fraca também esteve presente na totalidade do ES.
Goiás
A área com seca se manteve em 100% de Goiás entre julho e dezembro. É a primeira vez que o fenômeno é registrado por seis meses consecutivos no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em junho de 2020. A seca se abrandou significativamente em Goiás entre novembro e dezembro com a redução da área com seca grave de 27% para 1% do estado nesse período. É a condição mais branda do fenômeno em GO desde junho de 2024, quando não houve seca grave no território goiano.
Maranhão
Entre setembro e dezembro, a área com seca se manteve estável em 100% do Maranhão. Desde o período de outubro de 2017 a janeiro de 2018, é a primeira vez que o estado registra seca na totalidade de seu território por quatro meses consecutivos. O fenômeno se intensificou no Maranhão com o aumento da área de seca grave, que passou de 15% para 29% do estado entre novembro e dezembro. Essa é a condição mais severa do fenômeno no Maranhão desde janeiro de 2018, quando houve seca extrema em 11% do estado.
Mato Grosso
Mato Grosso seguiu com seca na totalidade de seu território entre julho e dezembro de 2024. É a primeira vez que o estado registra seca em 100% de seu território por seis meses consecutivos desde junho de 2021, quando MT entrou no Mapa do Monitor. Houve um abrandamento da seca em Mato Grosso entre novembro e dezembro, já que houve a redução significativa da área com seca grave de 58% para 38%. É a condição mais branda do fenômeno no estado desde julho de 2024, quando houve seca grave em 33% de MT.
Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul, a área com seca se manteve na totalidade do estado entre julho e dezembro de 2024. Desde o período entre fevereiro e julho de 2022, é a primeira vez que o estado registra seis meses consecutivos do fenômeno na totalidade do território sul-mato-grossense
A seca se abrandou em Mato Grosso do Sul entre novembro e dezembro com a redução da área com seca grave de 67% para 42% do estado. Ainda assim, o território sul-mato-grossense teve a condição mais severa do fenômeno no Centro-Oeste em dezembro
Minas Gerais
A área com seca em Minas Gerais diminuiu de 100% para 93% do estado entre novembro e dezembro. É a menor área com seca no território mineiro desde os 78% registrados em junho de 2024. Em Minas Gerais a seca se abrandou entre novembro e dezembro, pois o estado deixou de registrar seca grave. É a melhor condição do fenômeno no território mineiro desde maio de 2024.
Pará
O Pará seguiu com seca em 100% de seu território entre agosto e dezembro. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno por cinco meses consecutivos desde sua entrada no Mapa do Monitor em abril de 2023. Entre novembro e dezembro, houve um abrandamento da seca no Pará com a redução da seca grave de 21% para 15% do território paraense nesse período.
Paraíba
A Paraíba registrou seca na totalidade de seu território entre setembro e dezembro. Desde o período de setembro a dezembro de 2021, essa é a primeira vez que o estado tem seca em 100% de seu território por quatro meses consecutivos. Entre novembro e dezembro, a seca se intensificou na Paraíba com o aumento da área com seca moderada de 92% para 100% de seu território. É a condição mais severa no estado desde abril de 2022, quando houve seca grave em 24% do território paraibano.
Paraná
Entre novembro e dezembro a área com seca diminuiu fortemente de 72% para 53% do Paraná. É a menor área com o fenômeno no estado desde fevereiro de 2024, quando o fenômeno foi registrado em 30% do território paranaense. Por outro lado, em dezembro o PR foi o estado do Sul com maior percentual de área com registro de seca. Entre novembro e dezembro, a seca se abrandou no Paraná com a ausência de seca grave e um percentual de 19% de seca moderada no estado. Ainda assim, o Paraná teve a maior severidade da seca entre os estados do Sul em dezembro.
Pernambuco
Pernambuco seguiu com seca em 100% de seu território entre setembro e dezembro. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade de sua área por quatro meses consecutivos desde o período entre dezembro de 2019 e março de 2020. A seca se intensificou em Pernambuco entre novembro e dezembro, já que a seca grave voltou a ser registrada em 13% do estado. É a condição mais severa no estado desde outubro de 2021, quando houve seca grave em 27% do território pernambucano.
Piauí
Entre setembro e dezembro, a área com seca no Piauí permaneceu em 100% do estado. Desde o período entre outubro de 2017 e janeiro de 2018, é a primeira vez que o território piauiense registra o fenômeno em todo o estado por quatro meses consecutivos. A seca se abrandou no Piauí entre novembro e dezembro, com a redução da seca moderada de 43% para 34% no território do estado.
Rio de Janeiro
A área com seca diminuiu de 73% para 49% do território fluminense entre novembro e dezembro. É a menor área com seca no estado desde os 42% registrados em maio de 2024 no RJ. Além disso, é o menor percentual de área com seca entre os estados do Sudeste em dezembro. A seca se abrandou no Estado do Rio de Janeiro entre novembro e dezembro, já que a seca moderada deixou de ser registrada no RJ. Os 59% de seca fraca se configuraram como a situação mais branda do fenômeno no estado desde maio de 2024, quando houve seca fraca em 42% do RJ. Além disso, o território teve a condição mais branda de seca entre os estados do Sudeste em dezembro.
Rio Grande do Norte
Entre novembro e dezembro, a área com seca no Rio Grande do Norte permaneceu em 100% do estado. É a primeira vez que o estado registra essa seca na totalidade de sua área por dois meses consecutivos desde o período entre outubro e novembro de 2023. Aseca se intensificou no Rio Grande do Norte entre novembro e dezembro com o aumento da área com seca moderada de 20% para 26% do estado. É a condição mais severa do fenômeno no território potiguar desde os 44% de seca moderada registrados em janeiro de 2024. Por outro lado, o RN teve a melhor condição de seca dentre os estados nordestinos em dezembro.
Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul teve um aumento significativo da área com seca de 4% para 29% entre novembro e dezembro de 2024. É a maior área com seca desde agosto de 2023 quando foi registrado 55% de seca no território gaúcho. Entre novembro e dezembro a severidade da seca no Rio Grande do Sul se manteve estável, pois o estado seguiu somente com seca fraca, que é a mais branda na escala do Monitor.
Rondônia
A área com seca se manteve em 100% de Rondônia entre julho e dezembro de 2024. Desde o período entre outubro de 2023 e março de 2024, é a primeira vez que o estado registra seca em sua totalidade por seis meses consecutivos. Entre novembro e dezembro, a seca se abrandou levemente em Rondônia com o recuo da seca extrema de 11% para 10% do território rondoniense. É a condição mais branda de seca no estado desde julho de 2024.
Roraima
Entre novembro e dezembro de 2024, Roraima teve um aumento da área com seca, que passou de 28% para 36% de seu território. Apesar disso, Roraima teve o menor percentual de área com seca na região Norte em dezembro. Entre novembro e dezembro, a severidade da seca se manteve estável em Roraima
Santa Catarina
Santa Catarina registrou a redução da área com seca de 46% para 26% entre novembro e dezembro de 2024. É a menor área com seca no estado desde os 23% verificados em agosto de 2024. Entre novembro e dezembro, a severidade do fenômeno se manteve estável em Santa Catarina, que registrou somente seca fraca nesse período, que é a mais branda na escala do Monitor.
São Paulo
No Estado de São Paulo a área com seca seguiu em 100% de seu território entre setembro e dezembro. Desde o período entre junho e setembro de 2022, é a primeira vez que SP registra seca na totalidade do estado por quatro meses consecutivos. A seca se abrandou no Estado de São Paulo entre novembro e dezembro, pois a seca grave deixou de ser verificada. Com seca moderada em 64% do estado, o território paulista teve a condição mais branda desde junho de 2024, quando houve seca moderada em 50% de SP. Por outro lado, São Paulo teve a maior severidade da seca entre os estados do Sudeste em dezembro.
Sergipe
Entre setembro e dezembro, a área com seca se manteve em 100% de Sergipe. É a primeira vez que o estado registra o fenômeno na totalidade de seu território por quatro meses consecutivos desde o período de novembro de 2023 a fevereiro de 2024. Entre novembro e dezembro, o fenômeno se intensificou em Sergipe com o aumento da área com seca grave, que passou de 49% para 53% do território do estado. Com isso, Sergipe teve a maior severidade do fenômeno desde fevereiro de 2019, quando houve seca extrema em 32% do estado. O território sergipano teve, ainda, a maior severidade de seca do Nordeste em dezembro.
Tocantins
Tocantins seguiu com seca em 100% de seu território entre julho e dezembro de 2024. Desde o período entre outubro de 2023 e março de 2024, é a primeira vez que o estado registra seca na totalidade de seu território por seis meses consecutivos. Em Tocantins a seca se abrandou entre novembro e dezembro, pois a seca grave deixou de ser registrada no estado. É a condição mais branda no estado desde novembro de 2023.
Fonte: Grupo Cultivar
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