A expansão do trigo para outras regiões além do Sul já é uma realidade. Isso porque a demanda interna brasileira é bem maior do que a produção. Na safra 19/20 foram 5,2 milhões de toneladas produzidas e 7,2 milhões de toneladas importadas.
São Paulo é um dos estados que vem se destacando na cultura. A área passou de 77 para 85 mil hectares nesta safra, uma alta de 10,5%. A produção também deve ser recorde, ficando acima de 300 mil toneladas. É isso que aponta o levantamento feito pelas principais cooperativas do cereal paulista -Cooperativa Agro Industrial Holambra, Castrolanda, Capal e a Cooperativa Agrícola de Capão Bonito.
Em um encontro promovido pela Câmara Setorial do Trigo, os representantes apontaram boas condições climáticas para o desenvolvimento da safra. A expectativa dos produtores é que o clima continue a favor, com pequenas chuvas em agosto e que não chova tanto em setembro, quando acontece a colheita. “As lavouras estão indo muito bem e temos a expectativa de obter um trigo de boa qualidade. Claro que dependemos muito do fator clima, mas a tendência é que tenhamos uma safra muito boa este ano”, reforça o presidente da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, Victor Oliveira.
Segundo dados da Biotrigo o estado possui 20 moinhos em atividade, que consomem cerca de 12% da demanda por trigo no Brasil, o que significa algo em torno de 1,6 mi toneladas. Com esse cenário há potencial para ampliar a área significativamente.
A equipe da Biotrigo também participou do encontro online e apresentou um estudo que indica a possibilidade de crescimento da área de trigo no estado, visando atender quase que totalmente o volume de moagem dos moinhos paulistas. “São Paulo é um case de sucesso em termos de ampliação de área e de melhora da qualidade do trigo no país.
Acreditamos que há a possibilidade de aumentar a área de produção no estado e com isso oferecer trigo de qualidade aos moinhos e rentabilidade aos produtores paulistas”, ressaltou a supervisora de qualidade industrial da Biotrigo Genética, Kênia Meneguzzi.
Fonte: Agrolink
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