03
nov
2017
Safra menor na Argentina atrai novos fornecedores de trigo

A redução da estimativa de produção e exportação de trigo argentino pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é observado de perto pelo Brasil. “Uma redução nas disponibilidades na Argentina poderá abrir as portas do Brasil para outras origens ou, ao menos, reduzir as restrições para as importações de outros países”, aponta a Consultoria Trigo & Farinhas.

“O potencial de exportações de trigo da Argentina é acompanhado de perto pelo mercado, diante da safra ruim de seu vizinho Brasil, um regular e grande importador de grãos. Quanto mais a Argentina exportar para o Brasil, menor será a sua competitividade no mercado internacional”, explica o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.

Ele aponta que o ministro da Agricultura brasileiro está pressionando pela aprovação de uma cota de 750.000 t de importações de trigo livres de impostos, normalmente aplicados para compras fora do Mercosul, do qual a Argentina é membro. Os preços do trigo argentino, por sua vez, são bastante competitivos ao redor de US$ 185/t no último dia 25 de outubro, segundo fontes do Up River, base FOB, comparado com US$ 194/t do trigo milling do Mar Negro e US$ 215/t do trigo hard americano no Golfo, de acordo com o IGC. 

TRIGO DE INVERNO AMERICANO

Ao final da sessão dessa segunda-feira o USDA informou que, até domingo, 84% da área prevista foi semeada contra 75% da semana anterior, 1% abaixo do mesmo período do ano anterior e 3% abaixo da média de 5 anos. Os dados ficaram levemente abaixo da previsão da expectativa do mercado que era de 85%. O principal produtor americano, o estado do Kansas tinha 84% da sua área semeada contra 93% da média entre 2012 e 2016, aponta a Trigo & Farinhas. 

“Do total plantado 65% já se encontra em estado de germinação, 3% menor que a média dos últimos anos pesquisados. O USDA publicou seu primeiro relatório sobre a condição do trigo de inverno. A porcentagem entre boa e excelente condição ficou em 52% contra 58% do ano passado. Segundo uma pesquisa da Reuters o mercado esperava algo entre 59 e 60%. O clima seco nos estados de Dakota do Sul e Montana justifica essa diferença percentual em relação aos anos anteriores”, conclui. 

 

Fonte: Agrolink

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