As negociações de trigo no Brasil voltaram a ganhar força nas duas últimas semanas, apesar de o período ser de entressafra e mesmo mesmo com os leilões de venda do produto promovidos pelo governo federal, divulgou o Centro de Estudos em Economomia Aplicada (Cepea) em seu boletim semanal.
Segundo cooperativas, o interesse comprador aumentou nas últimas semanas, inclusive pelo produto que será colhido a partir de agosto, em um movimento nunca visto neste período.
"Os baixos estoques domésticos e o caminho aberto por vendedores no mercado externo têm levado os compradores a antecipar negócios", diz o Cepea.
Apesar do cenário "altista" para o segmento, o Cepea afirma que é preciso considerar as condições de oferta e demanda nos próximos meses. Na semana passada, o governo ampliou para 2 milhões de toneladas o aval para importações de fora do Mercosul com tarifa zero. Se as importações forem significativas, quando chegar a colheita de cereal no Brasil, em agosto, os níveis de estoques no país estarão elevados.
Entre 8 e 15 de abril, o preço pago ao produtor no Rio Grande do Sul teve alta leve de 0,8%. Já a negociação entre empresas (mercado de lote), teve um recuou 3% nos preços. No Paraná, as cotações de balcão e lotes ficaram estáveis. Em São Paulo, os preços também ficaram perto da estabilidade (+0,03%).
Fonte: Valor Econômico
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