03
dez
2014
Safra de trigo prejudicada pelo clima traz recuo de preço ao produtor gaúcho
Com a colheita do trigo em estágio avançado, a preocupação dos produtores agora é com o mercado do cereal. No Rio Grande do Sul, a melhora na colheita obtida recentemente não modificou o quadro de quebra em relação à safra passada, mesmo com as boas produtividades registradas nas regiões da Serra e nos Campos de Cima da Serra, onde foram retiradas cargas médias ao redor dos três mil quilos por hectare.
Um novo leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para trigo - o nono da série iniciada em outubro - foi confirmado para a próxima quinta-feira, dia 4 de dezembro. A oferta será de 110 mil toneladas, sendo 48 mil toneladas para o Paraná (40 mil toneladas para o norte-oeste e 8 mil toneladas para o centro-sul), 2 mil toneladas para Santa Catarina e 60 mil toneladas para o Rio Grande do Sul. Em oito leilões, a Conab ofertou subsídio para 1,392 milhão de toneladas de trigo, com demanda para 770,9 mil toneladas. Com o Pepro, o governo visa a assegurar ao produtor a diferença entre o valor do Preço Mínimo de garantia e o preço de mercado.
Segundo o analista Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, os produtores do Paraná estão recebendo mais pelo trigo e a tendência é de novas altas em dezembro se o Real continuar a se desvalorizar, encarecendo a importação. O dólar fechou a última semana a R$ 2,5670, com alta de 1,91%. Em uma semana, a valorização acumulada é de 2,10%. "O movimento de alta começou com os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), na primeira semana de outubro, e ganhou força à medida em que se confirmava a quebra de safra no Rio Grande do Sul e a colheita de cereal de menor qualidade no Estado que com o Paraná lidera a produção nacional do grão", salienta.
O triticultor paranaense está recebendo, em média, R$ 29,79 por saca de 60 quilos, acima dos R$ 29,26 por saca de 60 quilos de sete dias atrás e dos R$ 29,10 por saca de 60 quilos da média de outubro. Já os produtores gaúchos, mesmo com leilões de Pepro, veem as cotações recuarem sistematicamente. De acordo com Cogo, quem não conta com o subsídio que garante a diferença entre o Preço Mínimo e o valor de mercado recebe atualmente R$ 24,72 por saca de 60 quilos, abaixo dos R$ 25,10 por saca de 60 quilos de sete dias atrás e dos R$ 25,27 por saca de 60 quilos de outubro. Quando foram iniciados os leilões para o trigo gaúcho, na última semana de outubro, o preço médio pago ao triticultor do Estado era de R$ 25,80 por saca de 60 quilos. No ano passado, a remuneração no Paraná refletiu a menor produção local e a demanda aquecida, sem oferta na Argentina e com preços altos no mercado internacional", observa.
O analista explica que o cenário mudou neste ano, com a recuperação da produção nos principais países, incluindo a Argentina, principal fornecedor do grão para os moinhos brasileiros. A busca por produto de qualidade, no entanto, continuará sendo o diferencial para os preços. No mercado interno, só o Paraná pode garantir suprimento à indústria de panificação até a oferta da nova safra, em agosto do ano que vem. Por conta disso, a tendência é de alta das cotações no mercado doméstico em dezembro, mesmo com moinhos já entrando de férias e a natural desaceleração do ritmo de moagem. Se o câmbio continuar subindo os preços internos vão reagir e os produtores poderão ter oportunidades atrativas de venda", ressalta.
Cogo lembra também que a quebra do trigo no Rio Grande do Sul também vai elevar os preços da farinha e do pão ao consumidor.
Um novo leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para trigo - o nono da série iniciada em outubro - foi confirmado para a próxima quinta-feira, dia 4 de dezembro. A oferta será de 110 mil toneladas, sendo 48 mil toneladas para o Paraná (40 mil toneladas para o norte-oeste e 8 mil toneladas para o centro-sul), 2 mil toneladas para Santa Catarina e 60 mil toneladas para o Rio Grande do Sul. Em oito leilões, a Conab ofertou subsídio para 1,392 milhão de toneladas de trigo, com demanda para 770,9 mil toneladas. Com o Pepro, o governo visa a assegurar ao produtor a diferença entre o valor do Preço Mínimo de garantia e o preço de mercado.
Segundo o analista Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, os produtores do Paraná estão recebendo mais pelo trigo e a tendência é de novas altas em dezembro se o Real continuar a se desvalorizar, encarecendo a importação. O dólar fechou a última semana a R$ 2,5670, com alta de 1,91%. Em uma semana, a valorização acumulada é de 2,10%. "O movimento de alta começou com os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), na primeira semana de outubro, e ganhou força à medida em que se confirmava a quebra de safra no Rio Grande do Sul e a colheita de cereal de menor qualidade no Estado que com o Paraná lidera a produção nacional do grão", salienta.
O triticultor paranaense está recebendo, em média, R$ 29,79 por saca de 60 quilos, acima dos R$ 29,26 por saca de 60 quilos de sete dias atrás e dos R$ 29,10 por saca de 60 quilos da média de outubro. Já os produtores gaúchos, mesmo com leilões de Pepro, veem as cotações recuarem sistematicamente. De acordo com Cogo, quem não conta com o subsídio que garante a diferença entre o Preço Mínimo e o valor de mercado recebe atualmente R$ 24,72 por saca de 60 quilos, abaixo dos R$ 25,10 por saca de 60 quilos de sete dias atrás e dos R$ 25,27 por saca de 60 quilos de outubro. Quando foram iniciados os leilões para o trigo gaúcho, na última semana de outubro, o preço médio pago ao triticultor do Estado era de R$ 25,80 por saca de 60 quilos. No ano passado, a remuneração no Paraná refletiu a menor produção local e a demanda aquecida, sem oferta na Argentina e com preços altos no mercado internacional", observa.
O analista explica que o cenário mudou neste ano, com a recuperação da produção nos principais países, incluindo a Argentina, principal fornecedor do grão para os moinhos brasileiros. A busca por produto de qualidade, no entanto, continuará sendo o diferencial para os preços. No mercado interno, só o Paraná pode garantir suprimento à indústria de panificação até a oferta da nova safra, em agosto do ano que vem. Por conta disso, a tendência é de alta das cotações no mercado doméstico em dezembro, mesmo com moinhos já entrando de férias e a natural desaceleração do ritmo de moagem. Se o câmbio continuar subindo os preços internos vão reagir e os produtores poderão ter oportunidades atrativas de venda", ressalta.
Cogo lembra também que a quebra do trigo no Rio Grande do Sul também vai elevar os preços da farinha e do pão ao consumidor.
Fonte: Agrolink com informações de assessoria