19
mai
2014
Safra de soja foi caracterizada por instabilidade climática em MS
Apesar disso, pesquisas apontam que o Estado continua apresentando bom potencial para soja transgênica e convencional.
A safra de soja em Mato Grosso do Sul foi caracterizada, principalmente, pela instabilidade climática. As regiões de Caarapó e Amambai foram as mais prejudicadas, por seca e granizo. Os dados foram divulgados pela Fundação MS durante a apresentação de resultados de pesquisas sobre a safra de soja 2013/2014. De acordo com a entidade, foram conduzidos 23 ensaios de avaliação de cultivares de soja.
Os resultados mostraram melhores condições climáticas em São Gabriel do Oeste, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia. “O ano foi favorável para altas produtividades nessas regiões”, ressalta o pesquisador de fitotecnia soja, Carlos Pitol. Em Maracaju, por exemplo, os sojicultores que iniciaram o plantio em 11 de outubro de 2013 conseguiram colher até 81,3 sc/ha (sacas por hectare) de soja convencional, neste caso, a BRS 284.
A variedade em questão, apesar de não ser tão nova no mercado, é citada por conta de sua boa produtividade em algumas propriedades do Estado. Ela apresenta crescimento indeterminado e, por ter um ciclo mais rápido, viabiliza a semeadura do milho safrinha, além de ser resistente a seca e ao nematoide de galha, conhecido como Meloidogyne javanica.
Cultivares de soja intacta também foram destaque nas pesquisas. Com ciclos que podem variar de 97 a 106 dias, as variedades que apresentam tal tecnologia chegaram a render de 70 a 74,5 sc/ha em Campo Grande. Da mesma forma, exemplares de soja geneticamente modificadas renderam bons resultados na região central do Estado, com uma média de 67 sc/ha.
Apesar de a soja ser reconhecida como uma cultura tolerante a seca, algumas perdas de produção são significativas quando há falta de umidade no solo. “Principalmente na região centro-sul, onde o clima se caracteriza com frequentes veranicos e estiagens, a cultura pode ter sua produtividade comprometida. Por isso a importância do plantio direto”, avalia Pitol.
De acordo com o pesquisador, o plantio direto contribui para aumentar a infiltração da água no solo, a concentração de matéria orgânica, aumentando a fertilidade do solo e, com isso, elevando a produtividade. “A técnica possibilita ainda a fixação de carbono no solo e traz melhorias nas questões ambientais, com redução no uso de insumos, economia no uso de fertilizantes e diminuição no assoreamento de rios”, salienta.
Custo de produção – Durante a safra 2013/2014, o custo de produção da soja convencional foi menor que o da transgênica, mesmo com a redução de aplicações de herbicidas nos sistemas. No entanto, em comparação com a safra 2012/2013, a convencional e transgênica apresentam custos maiores, 7% e 11% respectivamente. Desta forma, as projeções indicam que o produtor deverá produzir 3 sc/ha a mais da oleaginosa convencional e 4,83 sc/ha transgênicas para cobrir os gastos com a produção.
Circuito de palestras – A Fundação MS continua com as apresentações de resultados de pesquisas em outros municípios ao longo do mês, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS). Receberão as palestras as cidades de Maracaju (20/05), Dourados (22/05), Ponta Porã (27/05), Rio Brilhante (29/05) e Itaporã (30/05). Confira a programação completa no site www.fundacaoms.org.br. Outras informações podem ser obtidas por meio do telefone (67) 3454-2631.
A safra de soja em Mato Grosso do Sul foi caracterizada, principalmente, pela instabilidade climática. As regiões de Caarapó e Amambai foram as mais prejudicadas, por seca e granizo. Os dados foram divulgados pela Fundação MS durante a apresentação de resultados de pesquisas sobre a safra de soja 2013/2014. De acordo com a entidade, foram conduzidos 23 ensaios de avaliação de cultivares de soja.
Os resultados mostraram melhores condições climáticas em São Gabriel do Oeste, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia. “O ano foi favorável para altas produtividades nessas regiões”, ressalta o pesquisador de fitotecnia soja, Carlos Pitol. Em Maracaju, por exemplo, os sojicultores que iniciaram o plantio em 11 de outubro de 2013 conseguiram colher até 81,3 sc/ha (sacas por hectare) de soja convencional, neste caso, a BRS 284.
A variedade em questão, apesar de não ser tão nova no mercado, é citada por conta de sua boa produtividade em algumas propriedades do Estado. Ela apresenta crescimento indeterminado e, por ter um ciclo mais rápido, viabiliza a semeadura do milho safrinha, além de ser resistente a seca e ao nematoide de galha, conhecido como Meloidogyne javanica.
Cultivares de soja intacta também foram destaque nas pesquisas. Com ciclos que podem variar de 97 a 106 dias, as variedades que apresentam tal tecnologia chegaram a render de 70 a 74,5 sc/ha em Campo Grande. Da mesma forma, exemplares de soja geneticamente modificadas renderam bons resultados na região central do Estado, com uma média de 67 sc/ha.
Apesar de a soja ser reconhecida como uma cultura tolerante a seca, algumas perdas de produção são significativas quando há falta de umidade no solo. “Principalmente na região centro-sul, onde o clima se caracteriza com frequentes veranicos e estiagens, a cultura pode ter sua produtividade comprometida. Por isso a importância do plantio direto”, avalia Pitol.
De acordo com o pesquisador, o plantio direto contribui para aumentar a infiltração da água no solo, a concentração de matéria orgânica, aumentando a fertilidade do solo e, com isso, elevando a produtividade. “A técnica possibilita ainda a fixação de carbono no solo e traz melhorias nas questões ambientais, com redução no uso de insumos, economia no uso de fertilizantes e diminuição no assoreamento de rios”, salienta.
Custo de produção – Durante a safra 2013/2014, o custo de produção da soja convencional foi menor que o da transgênica, mesmo com a redução de aplicações de herbicidas nos sistemas. No entanto, em comparação com a safra 2012/2013, a convencional e transgênica apresentam custos maiores, 7% e 11% respectivamente. Desta forma, as projeções indicam que o produtor deverá produzir 3 sc/ha a mais da oleaginosa convencional e 4,83 sc/ha transgênicas para cobrir os gastos com a produção.
Circuito de palestras – A Fundação MS continua com as apresentações de resultados de pesquisas em outros municípios ao longo do mês, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS). Receberão as palestras as cidades de Maracaju (20/05), Dourados (22/05), Ponta Porã (27/05), Rio Brilhante (29/05) e Itaporã (30/05). Confira a programação completa no site www.fundacaoms.org.br. Outras informações podem ser obtidas por meio do telefone (67) 3454-2631.
Fonte: Agora MS