11
mar
2014
Safra de soja do Brasil tem nova onda de revisões por clima desfavorável
SÃO PAULO - Três consultorias especializadas em agronegócio reduziram suas estimativas para a atual safra brasileira de soja, consolidando os indicativos de prejuízos causados pelo clima desfavorável às lavouras desde o início do ano.
A redução mais forte foi feita pela Céleres, que derrubou sua projeção para 84,9 milhões de toneladas, um corte de 4,3 milhões de toneladas, ou quase 5 por cento, ante a projeção de fevereiro, que já havia sido menor que a de janeiro.
"Os prejuízos com o clima no Brasil, intensificados na segunda quinzena de fevereiro, levaram a uma redução das estimativas de produtividade de soja", disse a Céleres, em relatório.
Os Estados do Sul apresentaram, em média, queda de 9 por cento frente à estimativa de janeiro, disse a consultoria, destacando reduções importantes no Paraná e também em Goiás, no Centro-Oeste.
Nestas regiões, houve chuvas abaixo da média e altas temperaturas.
A consultoria AgRural reduziu sua estimativa para cerca de 86 milhões de toneladas, ante 87 milhões em fevereiro.
"Essa perda foi puxada por reduções no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rondônia", disse a AgRural, que em janeiro chegou a estimar a colheita da oleaginosa em 89,4 milhões de toneladas no país.
Em Mato Grosso, a AgRural manteve a estimativa de produtividade em 52,6 sacas por hectare, apesar problemas com a chuva em fevereiro, que resultou em diversos casos de alagamentos, grãos brotando nas vagens e perda de qualidade.
Já a consultoria Clarivi reduziu sua projeção em 1,6 por cento, para 88,1 milhões de toneladas, ante 89,53 milhões vistos no início de fevereiro.
Também nesta segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reduziu sua projeção para a safra do Brasil para 88,5 milhões de toneladas, ante 90 milhões do relatório de fevereiro.
Mesmo com todas as reduções previstas, a atual safra nacional de soja deverá superar amplamente o recorde da temporada passada (2012/13) de 81,5 milhões de toneladas, segundo dados oficiais do governo brasileiro.
A colheita, por sua vez, chegou a 49 por cento da área plantada no Brasil, com avanço de 10 pontos percentuais em uma semana, segundo a AgRural. O índice supera os 46 por cento de um ano atrás e os 41 por cento da média de cinco anos.
(Por Gustavo Bonato)
A redução mais forte foi feita pela Céleres, que derrubou sua projeção para 84,9 milhões de toneladas, um corte de 4,3 milhões de toneladas, ou quase 5 por cento, ante a projeção de fevereiro, que já havia sido menor que a de janeiro.
"Os prejuízos com o clima no Brasil, intensificados na segunda quinzena de fevereiro, levaram a uma redução das estimativas de produtividade de soja", disse a Céleres, em relatório.
Os Estados do Sul apresentaram, em média, queda de 9 por cento frente à estimativa de janeiro, disse a consultoria, destacando reduções importantes no Paraná e também em Goiás, no Centro-Oeste.
Nestas regiões, houve chuvas abaixo da média e altas temperaturas.
A consultoria AgRural reduziu sua estimativa para cerca de 86 milhões de toneladas, ante 87 milhões em fevereiro.
"Essa perda foi puxada por reduções no Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rondônia", disse a AgRural, que em janeiro chegou a estimar a colheita da oleaginosa em 89,4 milhões de toneladas no país.
Em Mato Grosso, a AgRural manteve a estimativa de produtividade em 52,6 sacas por hectare, apesar problemas com a chuva em fevereiro, que resultou em diversos casos de alagamentos, grãos brotando nas vagens e perda de qualidade.
Já a consultoria Clarivi reduziu sua projeção em 1,6 por cento, para 88,1 milhões de toneladas, ante 89,53 milhões vistos no início de fevereiro.
Também nesta segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reduziu sua projeção para a safra do Brasil para 88,5 milhões de toneladas, ante 90 milhões do relatório de fevereiro.
Mesmo com todas as reduções previstas, a atual safra nacional de soja deverá superar amplamente o recorde da temporada passada (2012/13) de 81,5 milhões de toneladas, segundo dados oficiais do governo brasileiro.
A colheita, por sua vez, chegou a 49 por cento da área plantada no Brasil, com avanço de 10 pontos percentuais em uma semana, segundo a AgRural. O índice supera os 46 por cento de um ano atrás e os 41 por cento da média de cinco anos.
(Por Gustavo Bonato)
Fonte: Reuters