Os produtos da safra brasileira de grãos se apresentam bastante competitivos frente ao mercado internacional. Um dos fatores é devido a recuperação da moeda norte-americana, encarecendo os grãos produzidos nos Estados Unidos, um forte concorrente do Brasil, o que permite posicionar a produção brasileira em diferentes mercados com boa margem competitiva. A análise foi realizada durante o segundo levantamento do boletim de Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos, divulgado nesta terça-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Mesmo com a expectativa de uma maior oferta na safra de grãos no país, a partir da colheita de mais uma safra recorde, os preços dos produtos aos agricultores apresentam um cenário bastante positivo. Essa conjuntura positiva é influenciada pelo câmbio pois se por um lado a alta do dólar influencia na elevação dos custos de produção, o elevado valor da moeda mantém os preços finais remuneradores e atrativos ao produtor.
Além da conjuntura internacional, outros fatores influenciam neste panorama positivo para o campo. Entre eles, as ações de políticas agrícolas executadas ao longo deste ano, conduzidas pelo governo federal e implementadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária Abastecimento (Mapa) e pela Conab, possibilitando o desenvolvimento da nova safra dentro da normalidade, com aceso a política de financiamento, aquisição dos insumos e as ações de apoio à comercialização em curso.
Essa junção de fatores indica a estabilidade do abastecimento no país, tanto para os produtos consumidos pela população como para os produtos utilizados pelas cadeias produtivas.
A safra de grãos 2015/2106 está estimada pela Conab entre 208,6 e 212,9 milhões de toneladas, com uma variação que pode chegar até a 2,1% (4.384 mil t) acima da safra 2014/15, quando registrou 208,5 milhões de toneladas.