10
abr
2017
Regiões produtoras de soja da Argentina voltam a sofrer com chuvas

Uma nova frente fria que veio do sul da Argentina afetou as regiões produtoras de soja e milho nos últimos dias. Em Santa Rosa, capital de La Pampa, as chuvas já superaram os 400 milímetros e inundações devastaram a cidade de Comodoro Rivadavia (1.800 km de Buenos Aires) na província de Chubut. 

A província de La Pampa possui principalmente produção pecuária. A precipitação se espalha para o sul e o oeste da província de Buenos Aires e em breve pode chegar a Córdoba e Santa Fé. A colheita de soja está começando nessas províncias e pode complicar-se, informa o correspondente do Portal Agriculture na Argentina, Luis Vieira.

Incêndios no sudoeste da província de Buenos Aires e inundações em grandes províncias produtoras de grãos como Buenos Aires, Córdoba e sul da Santa Fé geraram perdas que poderiam ultrapassar cinco milhões de toneladas. Por outro lado, houve uma recuperação robusta em muitas áreas do país com umidade adequada que melhorou a perspectiva de rendimentos.

A mais recente atualização da safra da Bolsa de Comércio de Rosario coloca a produção de soja em 56 milhões de toneladas. Já a Bolsa de Cereais de Buenos Aires aumentou a projeção de 54,8 milhões de toneladas para 56,5 milhões de toneladas.
 

O relatório anterior da Bolsa de Cereais na semana passada dizia que a produtividade deveria superar a média histórica no centro da Argentina com uma recuperação dos pontos secos do sudoeste de Buenos Aires. Com isso, a produção total de soja seria de 500 mil toneladas a mais que o recorde do ano passado.

Para o milho, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê uma produção recorde de 37 milhões de toneladas, enquanto a Bolsa de Rosario projeta 38 milhões de toneladas. Neste momento, a colheita já começou em áreas precoces.

Segundo Palbo Adreani, analista de mercado da Agripac em Córdoba, a produção de milho é algo a se preocupar no final da safra e também significará uma competição forte para atores importantes como Estados Unidos e Brasil. "Em 2017, a Argentina será o segundo maior exportador de milho no mundo com 24 milhões de toneladas de exportações. As margens devem variar muito fora das principais regiões," disse em um tweet. 

 

Fonte: Agrolink

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