A influência das adversidades na safra brasileira de soja em 2023/2024 está refletindo significativamente nas cotações futuras do grão. O panorama de quebras, combinado com a perspectiva de uma colheita mais robusta na Argentina, está resultando em uma queda expressiva nos futuros, conforme indicam dados do Relatório Mensal de Grãos da COGO Inteligência em Agronegócio.
A área destinada ao plantio de soja registrou um aumento de 1,1 milhão de hectares, representando uma expansão de 2,6%, em comparação com as médias de crescimento de 2,4 milhões de hectares por ano nas últimas três safras.
O excesso de chuvas no Sul e as restrições hídricas no MATOPIBA, Pará e estados do Centro-Oeste marcaram as fases de plantio e emergência da safra atual. Foram contabilizados 650 mil hectares de replantios no Centro-Oeste e MATOPIBA, juntamente com casos de abandono de áreas e preparo para cultivos alternativos, como o algodão.
As previsões indicam volumes significativos de chuvas entre janeiro de 2024 e março de 2024, favorecendo as lavouras do Brasil Central e amenizando a estiagem no MATOPIBA.
Diante desses desafios, revisamos para baixo a projeção da safra de soja 2023/2024, estimando agora 155,2 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 5% em relação à estimativa inicial de 163,4 milhões de toneladas. Apesar das boas produtividades esperadas nas regiões Sul e Sudeste, que devem compensar parte das perdas no Centro-Oeste e MATOPIBA, novos ajustes podem ser necessários ao longo da safra.
Fonte: Agrolink
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