21
set
2020
Quanto mais soja conseguir plantar, melhor

A demanda chinesa tenderá a crescer sobre o Brasil, informou a T&F Consultoria Agroeconômica. Isso porque, mesmo dispostos a cumprir o acordo de Fase 1 com os Estados Unidos, a consultoria acredita que esse movimento deva ser passageiro. 

“A China ainda precisa (nesta temporada) da soja americana para se abastecer. Mas, sabendo que Trump vai se eleger e disse que não quer mais fazer negócio com os chineses, sabe que esta disponibilidade pode acabar, então está retirando dos EUA, enquanto pode, toda a soja disponível. Com a previsão de aumento de quase 11 milhões de toneladas da produção brasileira, anunciada por todas as consultorias no Brasil, para a próxima safra, a China poderá substituir grande parte do que hoje importa de soja americana por soja brasileira a partir da temporada de 2020/21, livrando-se de Trump”, explica a T&F. 

Nesse cenário, a consultoria diz que Chicago ainda pode subir um pouco, arrastando a cotação de maio junto (principal mês de formação de preços da soja brasileira), mas tenderá a cair a longo prazo (a partir de dezembro). “Com isto, nossa recomendação seria a de se fixar os preços de exportação de soja para maio neste período de agora até 15 de dezembro, que é quando julgamos que atingirão o pico do ano comercial 2020/21”, comenta. 

“Já os prêmios sobre a soja brasileira tenderão a subir mais a partir de dezembro, quando a China se voltar inteiramente sobre o Brasil. (O grande problema do Brasil é que tem poucas empresas que vendem FOB estivado; a imensa maioria vende posto sobre rodas nos  portos e, com isto, deixa de aproveitar a melhor parte dos preços)”, conclui. 

Fonte: Agrolink

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